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Conselheiros tutelares de Belém e Ananindeua serão escolhidos neste domingo (6)

Eleições ocorrem de forma unificada em todo o País

Abílio Dantas

As eleições unificadas para a escolha dos conselheiros tutelares, que exercerão o cargo pelos próximos quatro anos, será amanhã (6), em todo o País. Em Belém, 40 pessoas serão escolhidas, cinco para cada um dos oito conselhos dos distritos administrativos da capital paraense, para zelarem pelos direitos das crianças e adolescentes de suas comunidades. A remuneração mensal dos conselheiros, em Belém, é de R$ 2.500.

Conselho Tutelar é um órgão municipal criado junto ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e instituído pela Lei 8.069, do dia 13 de julho de 1990. Os conselheiros têm como obrigação identificar casos de violações e desrespeitos, e encaminhar as vítimas aos atendimentos adequados.

Segundo a Prefeitura de Belém, para fazer parte do Conselho Tutelar, é necessário ser brasileiro nato ou naturalizado, residir no município de Belém ou no distrito ao qual pretende concorrer e ter documento comprobatório que desenvolveu atividade junto à infância nos últimos dois anos, fornecida por instituição pública ou privada.

Votação

Para saber o local da votação, basta acessar o site do Tribunal Regional Eleitoral do Pará. O TRE/PA informa que serão emprestadas urnas eletrônicas para as eleições de Belém e Ananindeua, e urnas de lona para os municípios que fizeram a solicitação, mas que “todo o processo é conduzido pelos Conselhos Municipais de Direito da Criança e do Adolescente, com o acompanhamento do Ministério Público Estadual”.

O padre Bruno Sechi, criador do Movimento dos Emaús e um dos responsáveis pela elaboração do ECA, acredita que a eleição dos conselheiros exige atenção dos votantes, para que escolham pessoas “realmente comprometidas com a causa e não interessadas em ter um palanque político para concorrer futuramente a cargos legislativos ou executivos”. De acordo com o sacerdote, as eleições não são obrigatórias, mas aqueles que forem eleitos devem ter dedicação exclusiva ao cargo, com direito ao salário decidido pelo Conselho das Crianças e Adolescentes de cada município. Não existe um valor fixo para a remuneração no País.

“O conselheiro deve estar totalmente voltado ao atendimento da comunidade e atentar sempre para casos de violência doméstica e sexual, além de problemas como ausência de creches ou serviços de saúde, por exemplo. Ele deve também auxiliar o Poder Executivo com ideias para as soluções dos problemas”, completa padre Bruno.

A promotora de Justiça Leane Barros Fiúza de Melo, coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Infância e Juventude, reforça que é imprescindível que a pessoa tenha conhecimento e envolvimento com instituições que atuam pela defesa da criança e do adolescente. "Logo, o cargo é incompatível com pessoas que defendem posições como punições violentas ou a diminuição da maioridade penal. O conselheiro tutelar é um porta voz da criança e do adolescente”, defende.

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