Conib repudia declarações de Lula comparando ataques de Israel a Holocausto; entenda a polêmica

Confederação Israelita do Brasil critica comparação feita pelo presidente Lula, enquanto Israel anuncia medidas contra o Brasil após comentários controversos

O Liberal
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A Confederação Israelita do Brasil (Conib) emitiu uma nota de repúdio às declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que comparou os ataques de Israel na Faixa de Gaza ao Holocausto.

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A entidade considera a alusão do presidente como uma "distorção perversa da realidade" e uma ofensa à memória das vítimas do Holocausto e seus descendentes. As declarações de Lula foram feitas durante uma entrevista coletiva na Etiópia, onde ele relacionou os eventos atuais na Faixa de Gaza aos horrores cometidos por Hitler durante a Segunda Guerra Mundial.

“O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu. Quando Hitler resolveu matar os judeus”, disse Lula.

A Conib ressalta que os ataques de Israel visam a defesa do Estado contra as ações do grupo terrorista Hamas, que invadiu o país, resultando em vítimas e promovendo violações graves de direitos humanos. Além disso, a confederação critica a postura do governo brasileiro, que considera desequilibrada e extremada em relação ao conflito no Oriente Médio, abandonando a tradição de equilíbrio e busca de diálogo na política externa brasileira.

“Os nazistas exterminaram 6 milhões de judeus indefesos na Europa somente por serem judeus. Já Israel está se defendendo de um grupo terrorista que invadiu o país, matou mais de mil pessoas, promoveu estupros em massa, queimou pessoas vivas e defende em sua Carta de fundação a eliminação do Estado judeu”, diz trecho do comunicado da Conib.

“O governo brasileiro vem adotando uma postura extrema e desequilibrada em relação ao trágico conflito no Oriente Médio, abandonando a tradição de equilíbrio e busca de diálogo da política externa brasileira”, cita a nota.

Israel convoca embaixador do Brasil

O governo de Israel anunciou que irá repreender o embaixador brasileiro em Tel Aviv após as declarações de Lula, reafirmando o direito de Israel se defender contra ataques terroristas.

“As palavras do presidente do Brasil são vergonhosas e graves. Ninguém prejudicará o direito de Israel se defender. Ordenei ao pessoal do meu gabinete que convoque o embaixador brasileiro para uma chamada de repreensão amanhã [segunda-feira, 19]”, escreveu em publicação no X (antigo Twitter) o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz.

O conflito na região se intensificou depois dos ataques do Hamas a Israel, em 7 de outubro de 2023.

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