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Carla Zambelli foi condenada pelo quê? Relembre

Além da condenação pela invasão ao sistema do CNJ, Zambelli é ré por empunhar uma arma contra um homem na véspera do segundo turno da eleição presidencial de 2022.

Estadão Conteúdo
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A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) afirmou nesta terça-feira, 3, que deixou o Brasil. O anúncio de Zambelli ocorre após a parlamentar ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a dez anos de prisão pela invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Além do tempo de reclusão, os ministros determinaram a perda do cargo na Câmara dos Deputados.

Além da condenação pela invasão ao sistema do CNJ, Zambelli é ré por ter empunhado uma arma contra um homem na véspera do segundo turno da eleição presidencial de 2022. O julgamento por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal está pausado após um pedido de vista do ministro Nunes Marques, mas já há maioria entre os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para condená-la.

Zambelli foi denunciada pelo Ministério Público Federal por ter coordenado um ataque hacker ao sistema do Poder Judiciário, ação executada pelo hacker Walter Delgatti Neto, segundo as investigações. Durante o ataque, foi emitido um mandado falso de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF. "Expeça-se o mandado de prisão em desfavor de mim mesmo, Alexandre de Moraes. Publique-se, intime-se e faz o L", dizia o documento falso.

A Polícia Federal (PF) apontou, no relatório da investigação, que documentos apreendidos com a deputada correspondem aos arquivos inseridos por Delgatti no sistema do CNJ, o que, para os investigadores, comprova a participação dela no ataque. Segundo a PF, a ação foi planejada para colocar em dúvida a credibilidade do Poder Judiciário. Em 14 de maio, Zambelli foi condenada por unanimidade.

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Porte ilegal e constrangimento com arma de fogo

Em 25 de março, o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para condenar a deputada Carla Zambelli (PL-SP) por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal com uso de arma de fogo. O julgamento segue suspenso após pedido de vista do ministro Kassio Nunes Marques, mas a maioria já formada torna improvável a reversão do resultado.

O episódio que originou o processo ocorreu em 29 de outubro de 2022, véspera do segundo turno da eleição presidencial. Zambelli foi filmada com uma pistola em punho, atravessando uma faixa de pedestres enquanto perseguia um homem, identificado mais tarde como o jornalista Luan Araújo. Ele se refugiou em um restaurante, onde Zambelli entrou ainda empunhando a arma e mandou o homem deitar no chão.

Segundo relatos, a confusão — em que um disparo chegou a ser efetuado — começou com uma discussão, após Zambelli ouvir frases como: “amanhã é Lula” e “vocês vão voltar para o bueiro de onde não deveriam ter saído, seus filhos da p*”.

Após o episódio, a deputada teve o porte de arma suspenso e três armas foram apreendidas, incluindo a pistola usada na perseguição, que foi entregue por ela.

Na véspera da formação da maioria pela condenação, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) atribuiu sua derrota no pleito presidencial ao incidente envolvendo Zambelli.

Nesta terça-feira, em entrevista ao canal de YouTube Auriverde Brasil, Zambelli afirmou ser um “bode expiatório” da derrota de Bolsonaro na eleição.

Durante a entrevista, Zambelli afirmou que pretende ir para a Europa, onde, a exemplo de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos, pretende pressionar autoridades estrangeiras por sanções contra o Brasil.

“O caminho nos Estados Unidos já está asfaltado pelo Eduardo Bolsonaro e pelo Paulo Figueiredo. É justamente por isso que estou escolhendo a Europa. Lá, precisamos de alguém que fale espanhol, português, inglês... Vou desenvolver meu italiano. Quero estar nos principais lugares, falar com o povo francês. Em cada lugar, temos pessoas que podem lutar por nós”, disse.

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