Câmara Municipal de Belém homenageia jornalista Eládio Malato

A Câmara Municipal de Belém homenageou o jornalista Eládio Malato com a inauguração de um busto do profissional que também foi servidor da CMB, onde exerceu as funções de revisor, assessor legislativo, taquígrafo e diretor administrativo. A homenagem foi requerida pela vereadora Pastora Salete (Patriota). A cerimônia contou com a presença de vários vereadores e de familiares de Eládio Malato. O busto do jornalista ficará eternizado próximo da Sala de Imprensa, anexa ao salão plenário, que também leva seu nome, chamada de “Bancada da Imprensa Eládio Malato”.

Busto de Eládio Matos foi inaugurado na Câmara (Divulgação / CMB)

Nascido em Ponta de Pedras, no Marajó, em 26 de abril de 1926, Malato mudou-se para Belém com os pais, que procuraram na capital melhores estudos para os filhos. “As famílias que moravam na região das ilhas, quando chegavam a Belém, procuravam abrigo geralmente no bairro da Cidade Velha por ser perto do porto de embarque e desembarque para as cidades interioranas, sendo esse o motivo de meu pai ter estudado no Colégio Salesiano do Carmo”, conta o filho, o juiz Ernane Malato.

Posteriormente, Eládio cursou nível superior em Ciências Humanas e obteve noções de Contabilidade na Escola Técnica de Comércio. Ainda jovem, começou a atuar no jornalismo, pela habilidade que tinha com a escrita. “Ele se pôs a trabalhar fazendo o que mais gostava e sabia: escrever, e assim, tornou-se jornalista, estagiando no Jornal do Brasil do Rio de Janeiro em 1969, participando de diversas excursões culturais junto a imprensa dos Estados Unidos”, comenta Ernane.

Em 1975, foi convidado pelo governo de Portugal para uma excursão cultural com ponto de referência em Lisboa, visitando diversas cidades e escrevendo sobre a cultura lusitana para o jornal O Liberal, o que lhe rendeu o prêmio de melhor reportagem, medalha e diploma, denominado “Pero Vaz de Caminha”. Atuando como jornalista, também esteve em diversos outros países, como Líbia, México, França, Malta, Espanha e Colômbia.

Na imprensa paraense, atuou em diversos veículos de comunicação e consolidou a carreira no Grupo Liberal, chegando a diretor em O Liberal e também na TV Liberal, além de atuação na Rádio Liberal. “Ele era uma das forças-tarefas do empreendedor Romulo Maiorana. Trazia a experiência dos jornais “A Vanguarda”, “A Província do Pará”, da “Rádio e TV Marajoara”, quando foi convidado por Rômulo para impulsionar um empreendimento que transformaria os informativos paraenses, juntamente com vários nomes do nosso jornalismo”, relembra Ernane.

No serviço público, além da Câmara Municipal, também exerceu funções na Prefeitura de Belém e no Governo do Estado do Pará, na gestão de Alacid Nunes.

Eládio Malato faleceu em 13 de julho de 198, com 56 anos de idade, “tendo um dos maiores cortejos fúnebres desta cidade e várias reportagens e homenagens sobre essa triste partida precoce em todos os jornais da cidade”, destaca o filho, Ernane Malato.