Booking e Agoda terão de justificar valores acima da média durante COP 30 em Belém
Decisão ocorre após ação civil movida por entidades públicas do Pará contra as plataformas, entenda

As plataformas de hospedagem por temporada, Boking e Agoda, terão que acatar medidas que tentam coibir a precificação abusiva em aluguéis durante a realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30). A determinação veio do poder judiciário do Pará e atende a parte do pedido de urgência na ação civil pública movida pela Defensoria Pública do Estado (DPE), Governo do Estado e Ordem dos Advogados do Brasil seção Pará (OAB-PA).
O processo questiona práticas abusivas de preços adotadas pelas plataformas em hospedagens voltadas para a COP30, que será realizada em Belém, entre os dias 10 e 21 de novembro deste ano. A decisão estabelece uma série de medidas que as empresas precisam adotar, com risco de penalidades em caso de descumprimento.
Entre as obrigações, as plataformas precisam identificar anúncios de hotéis e pousadas com diárias superiores a três vezes a média da alta temporada dos últimos 12 meses. Nesses casos, os anunciantes deverão ser notificados para corrigir os valores ou apresentar justificativas. Se a determinação não for cumprida, os anúncios terão de ser suspensos.
No caso de aluguéis por temporada, as plataformas deverão informar os preços médios de mercado e emitir alertas quando houver aumentos expressivos em relação a valores históricos.
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O descumprimento das medidas pode gerar multa diária de até R$ 50 mil. O processo tramita em segredo de justiça, o que impede a divulgação de outros detalhes no momento.
A ação foi movida pelo grupo de entidades após recusa de ambas as plataformas em atender ao pedido de ajuste preço das locações e o combate aos valores abusivos. A defensora pública-geral Mônica Belém explicou sobre a ação em coletiva de imprensa, realizada na manhã da sexta-feira (12/9).
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