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Bolsonaro afirma que não é justo dizer que ele tenha atacado a democracia

Julgamento no TSE continua nesta terça-feira (27), mirando episódio com embaixadores

O Liberal
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Em meio ao julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que pode resultar na cassação de seus direitos políticos e torná-lo inelegível por oito anos, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou nesta segunda-feira (26) que é "injusto" acusá-lo de atacar a democracia ao reunir embaixadores em Brasília com o intuito de questionar a legitimidade do processo eleitoral brasileiro.

Bolsonaro expressou a expectativa de um julgamento "justo" no TSE, que continuará sua sessão nesta terça-feira, e ressaltou a importância de seguir a jurisprudência estabelecida em 2017, quando a Corte absolveu a chapa Dilma-Temer.

"É justo cassar os direitos políticos de alguém que se reuniu com embaixadores? Não é justo dizer que 'atacou a democracia'. Aperfeiçoar e adicionar camadas de proteção é benéfico para a democracia. O que considero injusto é que um de nossos advogados tenha apresentado uma petição ao TSE após as eleições, e poucas horas depois essa petição tenha sido arquivada, resultando em uma multa de R$ 22 milhões", afirmou Bolsonaro.

Anteriormente, ele havia chamado de "sugestões" a campanha difamatória que promoveu durante quatro anos em relação às urnas eletrônicas brasileiras. Tanto ele quanto seus apoiadores espalharam informações falsas sobre supostas fraudes no sistema eleitoral.

"A argumentação do meu advogado foi que uma multa seria cabível, e eu já fui multado em 20 mil reais por aquela reunião com os embaixadores. O que não podemos aceitar passivamente é que críticas e sugestões de aperfeiçoamento sejam consideradas um ataque à democracia."

Questionado sobre a possibilidade de se tornar inelegível e sobre quem poderia ser seu sucessor como candidato do bolsonarismo em 2026, Bolsonaro se esquivou. Ele fez esses comentários durante uma coletiva de imprensa após uma reunião a portas fechadas com parlamentares do PL na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

"Ninguém é insubstituível. Atualmente, há muitas pessoas aqui muito mais competentes do que eu, porém não possuem o conhecimento nacional que eu tenho. Consegui conquistar o carinho de uma parcela considerável da população", disse o ex-presidente.

Encontro foi organizado por Valdemar Costa Neto

Bolsonaro chegou à Assembleia acompanhado pelo ex-secretário de Comunicação de seu governo, Fabio Wajngarten, e por apoiadores locais, incluindo os deputados estaduais Gil Diniz e Lucas Bove. O encontro foi organizado por Valdemar Costa Neto, presidente do partido, com o objetivo de unificar a legenda para as eleições de 2024, após semanas de desentendimentos públicos entre diferentes alas do PL. Recentemente, o presidente do partido descartou a possibilidade de lançar o deputado federal Ricardo Salles como candidato contra o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que faz parte da base do PL.

Na sexta-feira, Bolsonaro participou de outra reunião com membros do PL na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, e comentou a possibilidade de perder seus direitos políticos.

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"É claro que não quero perder meus direitos políticos. Inclusive, outro dia eu disse que estou pensando em me candidatar a vereador no Rio de Janeiro. Qual é o problema? Não há nenhum demérito nisso. Até me sentiria jovem, porque geralmente a vereança é para os mais jovens, é o primeiro passo na política. Em 2026, se eu estiver vivo e elegível, e se o povo desejar, concorrerei novamente à presidência", discursou Bolsonaro na ocasião.

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