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Batedores de Belém querem poder congelar o açaí antes da entressafra

Trabalhadores apresentaram a proposta aos deputados que altera a legislação em vigor e será discutida na Alepa

Valéria Nascimento
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O congelamento do fruto ou da polpa do açaí foi apontado por um grupo de batedores como uma saída para evitar a ausência do produto na entressafra, como ocorre atualmente no mercado paraense. A proposta foi apresentada na tarde desta quarta-feira (28), em reunião extraordinária convocada para discutir a crise do açaí, na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), em Belém.

"Isso não é uma solução definitiva, mas, é uma medida que, ao menos, atenua o impacto da falta", destacou o deputado estadual Carlos Bordalo, responsável pela convocação da reunião extraordinária, conduzida pela Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor da Alepa, que Bordalo preside.

Reunião extraordinária na Alepa discute crise do açaí (Fotos: Paulo Tenório/Alepa)

"Os batedores de açaí, que têm experiência da distribuição, estão propondo e nós vamos estudar (a proposta), daqui até terça-feira (dia 5 de março), para já propor na Assembleia Legislativa uma medida de projeto de lei alterando a legislação em torno da dimensão do armazenamento congelado do fruto ou da polpa pelos três a quatro meses que antecedem a entressafra", afirmou o deputado.

Bordalo destacou que o congelamento pode ser feito até pelos batedores de açaí. Durante a reunião na Alepa, alguns batedores disseram inclusive que não conseguem bater todos os dias o volume de produção do fruto que eles adquirem em tempos de safra normal do açaí. Então, essa sobra poderia ser congelada: o fruto ou o açaí já processado, para servir como uma alternativa na ausência da oferta na entressafra.

Trabalho infantil e escravo

Foram abordadas outras iniciativas a respeito da produção do açaí. "Nós temos também que encarar o problema da produção, melhorar a produtividade do fruto, cuidar para que as práticas de produção sejam cada vez mais distanciadas de práticas não mais aceitáveis, como o trabalho infantil e o trabalho escravo, que têm se registrado", denunciou o deputado Bordalo.

Ele destacou a necessidade de, "ao mesmo tempo, incentivar novas tecnologias, novas medidas tecnológicas. Eu quero saudar a UFPA, que desenvolveu um produto paraense de conservação do fruto por seis meses".

“Ou seja, nós temos soluções no Pará, o que falta é unificar essa cadeia produtiva, colocar os órgãos para conversar, para identificar o que já vem sendo feito. É isso que a Assembleia Legislativa está se propondo”, disse o parlamentar.

Ao final do encontro, foi proposto a criação de uma Comissão de acompanhamento externo para tratar do tema, com mais profundidade. “Nós, agora nessa reunião, queremos uma proposta para a crise, mas como diz um ditado chinês, toda crise é uma oportunidade”, disse Bordalo.

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