Projeto de Lei garante autonomia às mulheres sobre esterilização

Comissão de Mulheres da OAB, que acompanha os projetos que tramitam no Congresso, acredita que aprovação da matéria traz avanço para as políticas de gênero

Natália Mello

Aprovado nesta terça-feira (8) na Câmara Federal, o Projeto de Lei 7.364/14, que reduz de 25 para 21 anos a idade mínima para a liberação da esterilização voluntária em mulheres, é parte da garantia de autonomia para o gênero, segundo a Comissão das Mulheres da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Pará. (OAB/PA). A matéria ainda será enviada para apreciação do Senado. A proposta permite a realização do procedimento na mulher logo após o parto, que agora poderá ser feita sem o consentimento expresso do marido.

Integrante da Comissão, a advogada Natasha Vasconcelos, também fundadora do perfil Política Para Mulheres, onde trata de diversas pautas da luta feminista, acredita que a proposta envolve a tomada de liberdade, autonomia dos corpos das mulheres, que sempre foi uma questão da pauta e da luta feminista. A estudiosa e pesquisadora da temática ressalta que o projeto traz um avanço significativo, visto que o que ocorre atualmente é a autodeterminação sobre os corpos, mentes e projetos de vida das mulheres.

“Porque o estado não faz a sua parte no sentido de promover políticas públicas, que envolvam e que contemplem os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres. A Comissão da Mulher Advogada, atualmente, é um grupo de pessoas que acompanha a tramitação de projetos legislativos. Inclusive no âmbito do estado e do município, a gente apresenta proposições e se articula junto com as bancadas femininas tanto da Câmara Municipal de Belém quando na Alepa, no sentido mesmo de provocar e de auxiliar a produção dessa legislação que visa a autonomia e a emancipação das mulheres”, explicou Natasha.

De autoria da deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC), o texto aprovado é um substitutivo da deputada Soraya Santos (PL-RJ), e diminui longo período que a mulher tem de aguardar atualmente para realizar o procedimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Natasha resgata a origem dessa medida que ela classifica como autodeterminação dos corpos femininos. “Foi uma das primeiras políticas de estado que impactaram na vida de mulheres. E isso aconteceu ainda lá na Idade Média, no momento de transição para o capitalismo. Então a retomada disso, mesmo que ainda com legislações muito incipientes, demonstra a tentativa desse resgate de poder das mulheres sobre seus corpos”, afirma.

De autoria da deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC), o texto aprovado é um substitutivo da deputada Soraya Santos (PL-RJ), e diminui longo período que a mulher tem de aguardar atualmente para realizar o procedimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A proposta também estabelece um prazo máximo para a disponibilização de qualquer método e técnica de contracepção.

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