União Brasil pode expulsar Celso Sabino se ficar no governo Lula, diz site
Executiva nacional da sigla descarta licença do ministro do Turismo e pressiona decisão antes da COP 30
Representantes da Executiva Nacional do União Brasil afirmam que, caso o ministro do Turismo, Celso Sabino (PA), decida permanecer no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), será expulso do partido. As informações foram divulgadas pela jornalista Isabel Mega, da CNN Brasil. O Grupo Liberal procurou o ministro para comentar sobre o assunto e aguarda um retorno.
A possibilidade de Sabino apenas se licenciar para seguir no cargo até o limite da desincompatibilização, em abril de 2026, foi rejeitada pela cúpula da legenda. Bem como a de permanecer na função ao menos até a realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30), em novembro deste ano, em Belém.
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Dentro do União Brasil, a avaliação é de que Sabino buscava ganhar tempo para se manter na Esplanada e vinha dando sinais de alinhamento a Lula, chegando a adotar símbolos do governo até mesmo em eventos oficiais, como no 7 de Setembro.
O desgaste aumentou após integrantes do partido avaliarem que o Palácio do Planalto teria influência na divulgação de notícias que associaram o presidente da sigla, Antônio Rueda, ao Primeiro Comando da Capital (PCC).
Rueda foi citado em investigação da Polícia Federal (PF) sob suspeita de ser o proprietário oculto de jatos executivos usados para transportar integrantes da facção criminosa em voos no Brasil e para o exterior. A direção do partido reagiu em defesa do presidente e anunciou o desembarque da base governista.
Reação do governo
A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT-PR), criticou a nota divulgada pelo União Brasil.
"Repudio as acusações infundadas e levianas feitas em nota divulgada hoje pela direção do partido União Brasil. A direção tem todo direito de decidir a saída de seus membros que exercem posições no governo federal. O que não pode é atribuir falsamente ao governo a responsabilidade por publicações que associam dirigente do partido a investigações sobre crimes. Isso não é verdade", publicou Gleisi em sua conta no X (antigo Twitter).
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