MENU

BUSCA

Prefeito de São Bernardo é afastado do cargo com tornozeleira em operação da PF sobre corrupção

As ações ocorrem em São Paulo, São Bernardo do Campo, Santo André, Mauá e Diadema

Estadão Conteúdo

O prefeito de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, Marcelo Lima (Podemos), foi afastado do cargo por um ano em investigação de corrupção da Polícia Federal (PF). Ele terá que usar tornozeleira eletrônica e está proibido de frequentar a prefeitura. Dois vereadores também são investigados. O Estadão solicitou manifestação da prefeitura.

Policiais federais cumprem nesta quinta-feira (14) dois mandados de prisão preventiva e 20 de busca e apreensão para aprofundar o inquérito.

Uma das ordens de prisão é contra Paulo Iran Paulino Costa, apontado como operador financeiro de propinas. Ele está foragido. Costa é assessor parlamentar no gabinete do deputado estadual Rodrigo Moraes (PL) desde 2022.

As investigações começaram em julho de 2025, após a apreensão de R$ 14 milhões em espécie no apartamento do servidor. A PF classificou o imóvel como um “verdadeiro bunker” de dinheiro.

VEJA MAIS 

Ministro do STJ averba suspeição e deixa relatoria do caso de Daniel Santos
Og Fernandes, que suspendeu o afastamento de Daniel Santos da prefeitura de Ananindeua, soube na manhã desta terça-feira (12) que a esposa representava Daniel em um processo no STF

Igor Normando anuncia primeira atualização da tarifa de táxi em Belém desde 2015
Prefeito assina medida nesta terça-feira (12) no Palácio Antônio Lemos para corrigir defasagem de mais de dez anos

No endereço, os agentes também encontraram comprovantes de pagamento de uma fatura de cartão de crédito do prefeito e de uma conta telefônica em nome da primeira-dama, além de crachás de veículos para acesso à sede da prefeitura.

Paulo Iran Paulino Costa é descrito como “um agente central na arrecadação e distribuição de valores provenientes de diversas empresas que possuem contratos com a prefeitura de São Bernardo do Campo”.

Segundo a PF, há suspeitas de corrupção e lavagem de dinheiro “por suposta organização criminosa com indícios de atuação na administração pública do município”.

A Operação Estafeta foi autorizada pelo desembargador Roberto Porto, do Tribunal de Justiça de São Paulo.

Além das buscas e prisões, foram determinadas medidas cautelares, como afastamento de cargos públicos, instalação de tornozeleiras eletrônicas e quebra dos sigilos bancário e fiscal dos investigados.

As ações ocorrem em São Paulo, São Bernardo do Campo, Santo André, Mauá e Diadema.