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Apoiador de Bolsonaro que matou militante do PT a tiros é transferido de hospital no Paraná

A transferência foi divulgada pela Secretaria de Segurança Pública do Paraná e o motivo não foi informado

Juliana Maia

O policial penal federal Jorge Guaranho que matou Marcelo Arruda, guarda municipal e tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT), em Foz do Iguaçu (PR), foi transferido de hospital na noite desta segunda-feira (11). As informações foram divulgadas pela Secretaria de Segurança Pública do Paraná (SESP/PR), que informou que o estado de saúde de Guaranho é grave, mas estável.

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De acordo com a SESP/PA, o policial foi transferido do Hospital Municipal de Foz do Iguaçu para o Hospital Ministro Costa Cavalcante, localizado na mesma cidade. A Polícia Militar realizou a escolta durante o percurso até o outro centro médico. No mesmo dia em que foi transferido, Jorge Guaranho teve prisão preventiva decretada pela Justiça.

Relembre o caso

O crime ocorreu na noite de sábado (9), enquanto Marcelo Arruda comemorava seu aniversário de 50 anos com o tema em homenagem ao ex-presidente Lula, do PT. Imagens de camêra de segurança próxima ao local da festa mostram o momento exato em que Guaranho chega ao espaço onde o evento era realizado e discute com Arruda. 


Em entrevista, Pâmela Silva, esposa do guarda municipal, declarou que sua família não conhecia Jorge Guaranho e que ela e o marido primeiramente tentaram dialogar com o assassino, mas não conseguiram. “Ele simplesmente chegou na festa, desferiu algumas palavras de cunho político. Marcelo pede, naquele momento, que ele se retire do local. E ele aponta arma. Eu e o Marcelo tentamos dialogar com ele, mas ele ignora tudo isso”, disse Pâmela.

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O policial Jorge Guaranho discutiu com o guarda municipal Marcelo Arruda e deixou o local da festa. Dez minutos depois, o bolsonarista retornou, invadiu o aniversário e disparou tiros contra o tesoureiro do PT. Segundo Pâmela, como uma maneira de defesa, o esposo e aniversariante reagiu e atirou contra Guaranho.

“Foi tão rápido e tão inesperado, que ali foi uma atitude de instinto mesmo. A gente só queria tentar evitar, não com aquela violência, usando arma de fogo. Nós gostaríamos de estabelecer um diálogo com o agressor. Mas, por duas vezes, nós não conseguimos isso”, falou a moça.

Marcelo Arruda foi levado para um hospital próximo, mas não resistiu aos ferimentos. O corpo do tesoureiro do PT foi enterrado na última segunda-feira (11).

(Estagiária Juliana Maia, sob supervisão do editor executivo de OLiberal.com, Carlos Fellip)