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'A corrupção não vai acabar, mas tem como diminuir', diz pré-candidato à presidência, Pablo Marçal

Investidor, escritor e empresário disputa pelo Partido Republicano da Ordem Social e conversa com o Grupo Liberal sobre os primeiros passos na corrida eleitoral

Natália Mello

Dando seguimento à sabatina com os pré-candidatos à presidência do Brasil, o Grupo Liberal entrevistou, nesta sexta-feira (27), o investidor, escritor, empresário e influencer digital Pablo Marçal, que entra na disputa eleitoral pelo Partido Republicano da Ordem Social (Pros). O político falou sobre o que pretende com a candidatura, se disse apaixonado pelo Brasil e preconizou, ainda, a derrota do atual presidente Jair Bolsonaro nas eleições 2022. “Não existe possibilidade do Bolsonaro ganhar essa eleição mais”, e fez algumas analogias dos demais pré-candidatos à um cenário automobilístico neste momento, conhecido como pré-campanha.

“Coloquei meu nome à disposição porque ninguém aguenta um Brasil tão prospero com gente tão incapaz, limitada, na governança do país”, afirmou, e prosseguiu. “Bolsonaro está há oito anos, como presidente vai fazer quatro, está nessa corrida em alta velocidade e com o motor aquecido, e tem tendência a cair, não para de cair, não vai ser presidente, isso é fato. O Luiz está em alta velocidade há muitos anos, inclusive de lá da cadeia, e está com o motor aquecido e diminuindo a pressão. Tem muita gente contra o Bolsonaro achando que só tem o Luiz para votar. Eles estão em alta velocidade e estou engatinhando, ainda não estou na corrida”, avaliou Pablo, que saiu de 0,5% nas intenções de voto para 1%.

O pré-candidato comentou a sua capacidade de reunir pessoas, remetendo ao dia 1º de maio, quando diz que Lula reuniu 5 mil pessoas no Pacaembu, Bolsonaro outras 10 mil na avenida Paulista, e ele 20 mil no estádio de futebol de São Paulo. “Se o Brasil souber que tem alguém com o meu porte, a energia de vida que eu tenho, a comunicação, a sabedoria, não tem problema com ego, alguém que é conectado internacionalmente, que quer ver o Brasil produzir renda, ativar renda, e que ama o Brasil igual eu amo. Eu, Pablo Marçal, se achar um candidato mais apaixonado pelo Brasil do que eu concorrendo à presidência eu voto nele”, ressalta.

Pablo, que se descreve como alguém criado à imagem e semelhança de Deus e cristão, afirma que tem o desejo de transformar o Brasil por meio das pessoas. Dono de 26 empresas, se diz apaixonado pela família – é casado há 13 anos e tem quatro filhos – e pela liberdade, e pontua: embora não conhecido por uma atuação política, caminha por entre os corredores do Congresso há alguns anos, já que ajuda vereadores, deputados, prefeitos e governadores no que se refere à questão digital. Assim, lançará mão de algumas estratégias de contato com os eleitores, buscando ser conhecido pelo povo, se conectando com as causas individuais de cada um e se inserindo nas classes sociais. “A estratégia é simples, mostrar o futuro do país, destravar as 20 mil obras que estão paradas. O partido do Pros é o Brasil”, aponta.

Sobre a falta de experiência no Legislativo ou Executivo, ele compara à uma empresa que deixa de contratar um trabalhador que nunca teve a carteira assinada. “Não é uma condição, a Constituição Federal não tem isso”, e completa afirmando que é um construtor de riquezas, e que diferente dos demais candidatos, nunca dependeu de cargos públicos para sobreviver financeiramente. “Eu acho que o Brasil já conhece o Luiz, que já foi presidente quatro vezes, porque não foram só dois, com a Dilma, foram quatro. Você já viu o presidente Bolsonaro ficar quase 30 anos no Legislativo e deu conta de aprovar dois projetos. O que que adianta ter uma experiência de quase 30 anos de parlamento e não resolver o problema? E não ter projetos no seu nome?”, questiona.

Pablo destacou a importância de se voltar para incentivar o empreendedorismo,

Década perdida

Pablo levantou, durante a entrevista, um posicionamento sobre a última década, que ele considera perdida, e assegurou que Bolsonaro foi bom para tirar o PT da presidência, mas que o atual chefe do Executivo do Brasil não estaria pronto para seguir para o próximo nível. Para ele, é preciso pensar no futuro e dar esperança para o país, e fazer uma espécie de pacto nacional de harmonia para a nação crescer.

“Você tem que ver o tanto de viúva do Bolsonaro que me procura. E nós estamos prontos para qualquer pedrada, e eu te falo, para concorrer a esse cargo de presidente do Brasil, a pessoa não pode ser normal, se ela se importar com o que falam dela, ela não suporta ficar nenhum dia. E eu quero dar o último recado. Existe um mito. O mito provou que é mito. Não foi um fato. A lenda está vindo aí. A lenda também não é um fato. Se fosse um fato tinha feito o brasileiro sair da pobreza e nunca mais eles iam voltar para lá. Agora o futuro, o futuro nosso é certo, por tudo que a gente tem no Brasil antes de todos os brasileiros chegarem. Nós somos gigantes pela própria natureza”, declarou o pré-candidato.

País de riquezas deve ser vigiado

O pré-candidato ressaltou que o Brasil é o país mais rico em minérios, em água potável, em floresta, e comentou a visita do homem mais rico do mundo ao país recentemente. Elon Musk, segundo ele, está fazendo uma varredura em território brasileiro para implantar uma tecnologia de energia solar.

“Ele veio para mapear a Amazônia, para fazer energia solar, para mapear o nióbio, para fazer energia limpa. O que ele está fazendo é varrer o país, e nós é que precisamos vigiar a Amazônia, temos que usar a nossa tecnologia. Porque temos a maior reserva de nióbio da terra para quem não sabe. Nós temos tantas riquezas nesse país. O território com a maior exposição solar do mundo, a maior agricultura do mundo. O que que a gente não tem? A gente não tem a mentalidade de donos disso tudo. A gente precisa destravar a mente do nosso povo”, explicou Pablo.

O pré-candidato ressaltou a importância de tirar as pessoas das ruas e dar dignidade a elas, de captar também os brasileiros que não têm problemas com a falta de recursos e incentivá-los, de fazer os que estão à margem da sociedade falarem sobre seus problemas. “A gente não vai pegar o cara que está na rua e falar para ele governar. Nós vamos tirar ele da rua. Nós vamos pegar uma família que hoje está passando necessidade e falar: ‘vocês vão ter dignidade e ter comida aí na sua casa’. Você precisa transbordar”, disse.

Nesse discurso de transformação, Pablo afirmou ainda que é preciso convocar os empresários e ensinar os funcionários a virarem empresários, o que, segundo ele, é uma prática rotineira dele enquanto chefe de tantas empresas.

Corrupção é ruína da prosperidade

Caminhando para o final da entrevista, o pré-candidato do Pros falou sobre corrupção, e disse que Lula e Bolsonaro são figurinhas repetidas em lados diferentes, e que pelo Brasil abrigar os maiores casos de corrupção do mundo, acaba perdendo riquezas e, assim, prosperidade.

Como ex-aluno de escola pública, ele diz, inclusive, ter sido doutrinado a ser apaixonado por Lula, o que aconteceu até o dia que ele começou a prosperar e mudar de opinião, classificando esse discurso como enganação. “Na última eleição votei para presidente naquele que não tem capacidade de nos levar pro próximo nível. Foi esse o meu voto”, declarou.

Com a riqueza existente no Brasil, Pablo garantiu que nunca será corrupto. “Eu, Pablo Marçal, nunca vou tocar em dinheiro do povo. Nunca vou aceitar uma única negociata, e eu, Pablo Marçal, não sou a Polícia Federal. Quem combate é o Ministério Público, é o judiciário. E eu faço um compromisso o povo. Você nunca vai me ver envolvido em merda nenhuma de corrupção. Nunca paguei propina sendo empresário. Nunca vou admitir nem de forma ativa nem de forma passiva. E que quem quiser me investigar que investigue. E não tem como acabar com esse negócio, mas tem como diminuir. Hoje os cofres públicos são afetados em 50% por causa de corrupção”, diz.

O pré-candidato encerrou comentando dois assuntos polêmicos: liberação do porte de armas e aborto. Ele afirmou que, ao ganhar, em outubro de 2022, vai buscar conhecer os 513 deputados do Congresso, e avisará a eles quais são os projetos que admitirá e os que não irá aprovar. “E que comecem os jogos. Vamos discutir, vou dizer: vou dar tempo para você, vamos ter amizade, vou investir minha vida em conhecer você e seu projeto de país, e isso vai estar em uma folha A4. Mas o que eu não vou admitir não vai mais estar em uma folha A4. Eu quero que vocês não atrapalhem o brasileiro que tiver afim de ter armas, não quero discutir aborto, porque é uma idiotice. Quem quiser matar brasileiro pode ir para a Argentina, lá está liberado, porque a gente nunca vai manchar a bandeira brasileira com sangue de criança. Vou colocar: isso aqui não vai passar”, finalizou.

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