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Trabalhadores resgatados de fazenda em trabalho análogo à escravidão passavam fome, diz auditor

Os trabalhadores desmaiavam de fome, tinham desconto no salário e não tinham equipamentos de segurança

Emanuele Corrêa
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Polícia Federal (PF), Ministério do Trabalho e Emprego Polícia Federal (MTE) e o Ministério Público do Trabalho (MPT) deflagraram uma operação na última sexta-feira, 11,  em duas fazendas próximas à área urbana de Uruguaiana (RS). Durante a ação, foram resgatados 56 trabalhadores - destes, 10 adolescentes - em situação análoga à escravidão. A operação continua em busca de outras pessoas que trabalhavam no local. As informações são do UOL.

O auditor fiscal do trabalho, Vítor Ferreira, declarou em entrevista que os trabalhadores passavam fome e não tinham condições de terminar a jornada de trabalho. A investigação busca saber se os donos da fazenda, as estâncias Santa Adelaide e São Joaquim ou a empresa que comprou a produção de arroz eram os empregadores dos trabalhadores rurais.

Um agenciador ou "gato" como eram chamados, foi preso. Durante o depoimento à Polícia Federal, ele ficou calado. Até o momento o seu nome e nem os nomes dos donos das fazendas e da empresa foram revelados. Os menores de 18 anos trabalhavam sob efeito de drogas, os "gatos" vendiam maconha e descontava do salário

 

O que foi encontrado

1. Sem local adequado para guardar a comida, elas azedavam e os trabalhadores dividiam o restante de alimentos bons;

2. Formigas atacavam os alimentos. Não havia onde aquecer os alimentos;

3. Agrotóxicos nas mãos de adolescentes;

4. Parte do grupo retirava a praga chamada 'arroz vermelho' com facas de cozinha;

5. Sem EPI, faltavam equipamentos de proteção: botas, foices, chapéus, protetores solares;

6. Contratações sem documentos e registro oficial;

7. Adolescentes trabalhavam fumando maconha fornecida pelos "gatos";

8. Sem kit de primeiros socorros e nem a quem recorrer em caso de acidentes de trabalho.

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