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Suspeito de matar torcedor do Corinthians em Belém não agiu sozinho, diz delegado

O homem já respondia a processo por tentativa de homicídio e fugiu para Maceió após o crime que ele teria confessado, segundo a PCPA

O Liberal
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Patrick Luiz Dias da Costa, preso por suspeita de matar Rafael de Moura Merenciano, torcedor do Corinthians — após uma partida entre o time paulista e o Clube do Remo, que ocorreu em abril deste ano, em Belém —, não agiu sozinho. A informação foi do delegado-geral Walter Resende, da Polícia Civil do Pará, em uma coletiva de imprensa realizada, na tarde desta quarta-feira (10), na Delegacia Geral, no bairro de Nazaré.

O preso, como apontam as investigações, era da torcida organizada Terror Bicolor, do Paysandu. Ele já respondia a processo por tentativa de homicídio e estava preso até janeiro deste ano. Também tinha passagens pelos crimes de lesão corporal e ameaça. 

O ataque que resultou na morte do torcedor corinthiano, como mostram as investigações, teria sido planejado. Isso porque a torcida do Paysandu teria sido hostilizada durante uma partida do time bicolor contra o Corinthians em São Paulo. Patrick, que é pedreiro e tem 29 anos, esteve na ocasião. Após análises da PC e da Polícia Científica do Pará (PCP), foi constatado que houve uma espécie de adulteração dos rojões usados para torná-los letais.

Resende observa que não havia um alvo específico durante a briga generalizada, ocorrida na noite do dia 12 de abril, na avenida Augusto Montenegro, que resultou na morte de Rafael e deixou um outro torcedor ferido. Os suspeitos apenas dispararam os rojões aleatoriamente, mas com intenção de ferir.

“Ele disse ter se preparado [para agir] quando viu a torcida organizada lá no estádio. Pegou aleatoriamente um mototáxi e da garupa da moto táxi jogou o rachão para atingir qualquer pessoa que estivesse passando no local”, explicou o delegado sobre o modus operandis do suspeito. 

As investigações apontam que Patrick não agiu sozinho na adulteração do rojão, porém, a polícia suspeita que outras pessoas estão envolvidas. “Ele omite o nome das pessoas que colaboraram, mas com certeza vamos chegar a todos aqueles que participaram de alguma forma e ajudaram ele a cometer esse crime”, garantiu o delegado.

Para chegar até Patrick, a polícia disse ter usado filmagens dos arredores do estádio  e ter interrogado torcedores que passavam pelas proximidades do local do crime. Motos também foram rastreados pelo suspeito ter usado uma para conseguir se aproximar da vítima. 

“Buscamos também informações através das redes sociais.  Fizemos um trabalho minucioso para ter certeza se realmente era ele que efetuou o lançamento de rojão contra aquele cidadão”, complementou Resende. 

Patrick foi identificado cerca de 48 horas após o crime e confessou. Como não havia mais flagrante, ele não foi preso imediatamente. Porém, fugiu do Pará seis dias depois e desde então estava em Maceió (AL), onde foi preso na casa de outro integrante da torcida organizada. Ele tinha intenção de fixar residência no município e permanecer como foragido. 

Não há data para que Patrick seja recambiado para o estado. Legalmente, ele permanece na condição de suspeito até que o Ministério Público do Estado do Pará ofereça denúncia, momento em que então passará à condição de acusado.

 

 

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