Polícia prende suspeito considerado de alta periculosidade em Igarapé-Miri
Ele já responde por homicídio, tráfico, formação de quadrilha, comércio e porte ilegal de arma de fogo e roubo qualificado
A Polícia Civil de Igarapé-Miri, por intermédio do Núcleo de Apoio a Investigação (NAI/Baixo Tocantins) e Superintendência da 4ª RISP, prendeu, nesta quinta-feira (21), Edilson Lopes Lobato. A prisão se deu por meio de cumprimento de mandado judicial de prisão preventiva proferido pelo Juízo da Comarca de Igarapé-Miri. "ZL", como é conhecido, é apontado como "torre provisório" e "idealizador das missões" de uma facção criminosa que atua no município.
Durante as buscas realizadas no local onde foi encontrado, a Polícia ainda apreendeu diversos materiais considerados pelo órgão como "de procedência duvidosa", como microscópios, esqueleto utilizado em estudos e brinquedos, além de dinheiro e comprovantes de movimentação bancária.
Considerado de alta periculosidade, o acusado já responde pela prática de inúmeros delitos, como homicídio, tráfico de drogas, formação de quadrilha, comércio e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e roubo qualificado.
Na investigação, a polícia ainda chegou ao nome de um adolescente, que não será identificado nesta matéria, que foi encontrado no mesmo local em que Edilson estava, conhecido por ser um ponto de tráfico. Com ele, na residência, foram encontradas 40 porções individualizadas e aproximadamente 300 gramas de maconha, além de R$ 211. Ele foi encaminhado à delegacia para os procedimentos cabíveis.
Outro suspeito, identificado como Marcos Felipe Braga de Sousa, vulgo Coreano, também era alvo da operação, mas não foi encontrado. Ele é acusado de ser um dos "disciplinas finais" da mesma facção criminosa.
A Polícia chegou até eles após a prisão em flagrante de Maria Valdiceia Pantoja, conhecida como "Senhorita Val", no último dia 05. Ela é acusada de ser a tesoureira do grupo. No dia da prisão, ela estava com substâncias entorpecentes, materiais relacionados ao tráfico e uma quantia de R$ 28.685,00. Foi constatado que, mesmo após a prisão dela, o tráfico no local permanecia e, assim, a polícia chegou aos outros envolvidos.
Além dos materiais já descritos, a Polícia conseguiu apreender uma lista, intitulada "Mensalidade Comerciantes", com nome/referência de diversos comerciantes e estabelecimentos de Igarapé-Miri. A suspeita é que se trate do nome de pessoas que contribuíam mensalmente para o grupo criminoso. Em virtude disso, um inquérito policial específico será instaurado para aprofundar as investigações, já que, caso essas pessoas não sejam vítimas de extorsão, o fato pode ser configurado como delito tipificado no artigo 36 da Lei 11.343/2006 (“Financiar ou custear o tráfico de drogas”), cuja pena é de reclusão de oito a 20 anos.
As investigações continuam com a finalidade de identificar outros integrantes do grupo criminoso.
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