PM frustra sequestro no Guamá: taxista ficou refém de trio, dois jovens de 14 anos e outro de 18

Tudo começou na avenida Almirante Barroso esquina com a avenida Tavares Bastos, por volta das 19h30, desta terça-feira (31), no bairro do Souza, em Belém. Duas horas depois, o taxista Édson Carlos Silva de Moraes foi liberado e os três sequestradores detidos: eram uma dupla de adolescentes, ambos com 14 anos de idade, acompanhados por João Pedro Santos de Oliveira, de 18 anos completos. Veja imagens:

O trio pegou o táxi de  Édson Carlos e ainda negociou a corrida por R$ 25, até o bairro da Terra Firme. No caminho, segundo o taxista, os acusados conversavam normalmente entre si, mas em seguida começaram a ficar nervosos, e o taxista começou a suspeitar da situação.

Ao entrar na rua Augusto Corrêa, já no bairro do Guamá, o taxista, apavorado, jogou seu táxi contra uma viatura da PM que estava no local. A partir daí a corrida virou caso de polícia.

Duas horas de tensão 

A negociação com os sequestradores durou mais de duas horas. O trio não tinha armas de fogo, portava  três facas, no entanto, ao se ver cercado pelos policiais, mostrava nervosismo extremo, exigindo para liberar o trabalhador, a presença de familiares, da imprensa e a garantia de coletes, o que à exceção do colete foi atendido.

A negociação com os sequestradores durou duas horas (Eli Pamplona/O Liberal)

O sargento Ivanildo Rocha, do 20 batalhão PM esteve à frente da negociação, do início ao fim. Ele conseguiu contornar os momentos mais tensos, quando um dos acusados chegou a dar uma gravata no taxista, dentro do carro. Os três também pagaram R$ 650 do trabalhador, que disse que antes do assalto se preparava para ir ao supermercado.

Próximo das 22h, o sequestro se encerrou com a liberação do trabalhador. O caso foi registrado na Seccional da Cremação. Os menores de idade apreendidos foram encaminhados à Divisão de Atendimento ao Adolescente (DATA). Já João Pedro, por ter 18 anos completos, vai responder por tentativa de assalto, corrupção de menores, conforme o Código Penal Brasileiro.