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Polícia investiga quadrilha suspeita de aplicar o golpe do falso apartamento, em Ananindeua

Composta principalmente por mulheres, a quadrilha prometia parcelas mais baratas, desde que os clientes adiantassem uma entrada de R$ 15 mil

O Liberal
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​Dezenas de clientes que negociavam a compra de apartamentos em condomínios de Ananindeua procuraram, na noite desta quarta-feira (1º), a Seccional Urbana da Cidade Nova para denunciar uma mulher identificada como Thalita Solange Corrêa da Silva, de 28 anos. Ela é suspeita de integrar uma quadrilha de mulheres que, supostamente, praticam crime de estelionato na região metropolitana de Belém.

A servidora pública Rosa Helena dos Santos, de 50 anos, é uma das pessoas que se consideram vítimas das suspeitas. Desde 2019, ela estava em busca de realizar o sonho da casa própria e, através de um conhecido, iniciou contato com uma primeira mulher suspeita, que seria Letícia do Espírito Santo. “Ela dizia que trabalhava na Caixa e conseguia parcelas mais em conta. Só que, para isso, ela cobrava uma entrada de quinze mil reais”, detalhou Rosa Helena.

A compradora disse, ainda, que chegou a realizar uma transferência bancária no valor de R$ 10 mil para Letícia. O dinheiro restante ela entregou em espécie para a suposta estelionatária, durante um encontro marcado na casa da suspeita. “Pareceu uma pessoa confiável, porque nos levou na casa dela, onde mora com os pais. Como parecia ser um negócio sério, uma pessoa foi indicando para outra. Por isso, nós somos um grupo grande”, contou.

Feitas as transações bancárias, Thalita era a pessoa responsável por levar os clientes para conhecer os apartamentos em, pelo menos, três condomínios diferentes. Dentre eles, estão o Ideal Samambaia e Bosque Versalhes, ambos em Ananindeua. A desconfiança das vítimas só veio após inúmeras justificativas de Thalita quanto à demora na entrega dos imóveis. “Cada hora era uma coisa. Ela dizia que tinha problema na documentação de vistoria, com o cartório. Depois, já vinha com uma conversa de que tinha mostrado o apartamento errado”, falou a servidora pública Rosa Helena. “Até que hoje, uma das vítimas não aguentou mais essa situação e conseguiu arrastar a Thalita aqui para a delegacia”, acrescentou.

Na seccional, Thalita disse que em nenhum momento desconfiou que poderia estar sendo usada por uma suposta quadrilha de estelionatárias. A suspeita confirmou que levava as pessoas para conhecer os apartamentos. Por ela, aproximadamente 15 imóveis já vinham sendo negociados. Destes, até hoje, somente um comprador ​teria ​receb​ido​ pelo o que pagou.

​Ainda na unidade policial, Thalita informou que fazia o serviço por amizade a uma mulher, desta vez identificada como Elizabeth, que seria funcionária da Caixa. ​​​Segundo a suspeita, ela recebia apenas uma comissão por isso. O encontro para recebimento do dinheiro ocorria no intervalo de almoço de Elizabeth. ​​A Polícia Civil deve investigar para esclarecer o caso e tentar reaver os supostos prejuízos.

Por meio de nota, a Caixa informou que “quanto à situação apresentada, não recebeu reclamação formalizada e que não possui registro relativos a golpes ligados à prática informada pela reportagem. Assim sendo, orienta aos cidadãos que busquem as autoridades policiais para denunciar crimes dessa natureza”.

O banco disse, ainda, que “monitora seus produtos e serviços e atua conjuntamente com a Polícia Federal e demais órgãos de segurança pública na identificação e investigação de casos suspeitos e na prevenção a fraudes e golpes”.

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