Personal e PM mortos em Belém: inquérito conclui que sargento agiu em legítima defesa de terceiro
O duplo homicídio ocorreu em 19 de maio deste ano, quando o educador físico Alberto Wilson dos Santos Quintela foi morto pelo PM Rodrigo Alves Ferreira, que também morreu após ser baleado pelo sargento que estava à paisana no local

A Divisão de Homicídios da Polícia Civil concluiu o inquérito sobre a morte do personal trainer e do policial militar em frente a uma academia no bairro da Sacramenta, em Belém, ocorrida em maio deste ano. Conforme a apuração da PC, a análise aponta que o educador físico Alberto Wilson dos Santos Quintela foi morto a tiros pelo PM Rodrigo Alves Ferreira. Já o militar, morreu ao ser baleado pelo sargento Luiz Carlos Carvalho, que estava à paisana no local e interveio ao presenciar o crime. O inquérito definiu que o sargento agiu em legítima defesa de terceiro e não será indiciado.
Conforme o documento, diante da conclusão da investigação sobre o envolvimento do sargento, o caso será arquivado. Os laudos da Polícia Científica apontaram que os disparos que atingiram Alberto partiram de uma arma calibre .38, sem registro, que estava em posse do PM Rodrigo. Além disso, as investigações também comprovaram que o sargento Luiz Carlos Carvalho agiu intervindo para tentar preservar a vida da vítima, diante de agressão armada e iminente.
Nota de esclarecimento
A defesa do Sargento Luiz Carlos esclareceu, em nota, que o inquérito policial sobre a ocorrência concluiu, com base na perícia oficial, “que o militar agiu em legítima defesa de terceiros, protegendo um personal trainer que estava sendo violentamente atacado, motivo pelo qual a autoridade policial sugeriu o arquivamento do referido inquérito policial”.
“Infelizmente, o personal foi a óbito em razão dos ferimentos causados pelo agressor, que foi neutralizado pelo Sargento Luiz Carlos. Repudiamos as acusações falsas e levianas que circularam nas redes sociais, onde algumas pessoas, de forma irresponsável, afirmaram que o Sargento Luiz teria provocado a morte do personal trainer. Adotaremos as medidas judiciais cabíveis contra seus autores. Lamentamos profundamente as vidas perdidas e nos solidarizamos com as famílias”, acrescenta o comunicado.
Crime
No dia do crime, em 19 de maio, o personal estava em frente à academia em que trabalhava, na avenida Senador Lemos. O episódio foi registrado por câmeras de segurança do estabelecimento. As imagens mostram o momento em que o PM Rodrigo chega de motocicleta, já com a arma em punho, e aborda o personal, que se preparava para deixar o local em seu carro.
Do outro lado da rua, o sargento Luiz aguardava a esposa, que é funcionária da academia, quando percebeu a abordagem e interveio, acreditando tratar-se de um assalto. A sequência de ações terminou com a morte do policial e do personal. As armas dos dois policiais foram apreendidas e encaminhadas à perícia, assim como o carro de Alberto.
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