Operação "Ragnarok", da Polícia Civil, prende criminosos por tráfico de drogas

A Polícia Civil deflagrou, no início da manhã desta terça-feira (14), em Belém, a operação "Ragnarok". Com o objetivo de combater crimes como tráfico de drogas, a operação conta com cerca de 100 agentes de segurança pública, entre policiais civis, militares, guardas municipais e o apoio do Grupamento Aéreo (Graesp) e da Força Nacional.

Operação se concentrou no Conjunto Eduardo Angelim, em Icoaraci (Via WhatsApp)

O principal foco da operação foi a área do conjunto Eduardo Angelim, em Icoaraci. No local, seis pessoas foram presas em flagrante nesta manhã. Todos foram conduzidos para a Delegacia Geral, onde os procedimentos legais foram realizados.

A coordenação da operação ficou sob responsabilidade da Diretoria de Polícia Metropolitana (DPM), da Polícia Civil, e contou com equipes do Núcleo de Inteligência Policial (NIP), Divisão de Homicídios, do Comando de Operações Especiais (COE) e um helicóptero do Graesp. À frente da operação estão os delegados Marco Antônio Duarte, titular da DPM, e Flávia Leal, diretora da Seccional de Icoaraci.

Cerca de 100 agentes de segurança participaram da operação (Via WhatsApp)

Operação contou com apoio do Grupamento Aéreo (Graesp) (Via WhatsApp)

Segundo a Polícia Civil, o nome da operação é uma referência à mitologia nórdica e em português significa o Martelo dos Deuses.

FORAGIDOS

Além da prisão dos seis acusados, a Polícia também tinha como objetivo da operação prender sete acusados de envolvimento em um duplo homicídio e uma tentativa de homicídio ocorridos em novembro de 2018 no Conjunto Eduardo Angelim, que resultaram na morte do idoso Antenor Coelho, de 77 anos, e Ednilson da Conceição Lima, de 49. Eles eram da mesma família e, segundo as investigações da polícia, foram mortos em represália por supostas denúncias que moradores da área teriam feito contra o crime de tráfico no conjunto. Uma terceira pessoa foi baleada, mas conseguiu sobreviver. 

"A investigação começou após um crime de duplo homicídio e uma tentativa ocorrida em novembro, onde a Seccional de Icoaraci instaurou inquérito policial e fez as investigações em conjunto com a Divisão de Homicídios (DH) de Icoaraci e chegou ao levantamento de autoria e os mandantes são um grupo de criminosos ligados ao tráfico de drogas, que realizou os crimes como represália aos moradores que, supostamente, teriam repassado informações à polícia" informou o delegado Marco Antônio Duarte, titular da Diretoria de Polícia Metropolitana (DPM). 

Dos sete acusados de envolvimento com os homicídios que também eram alvos da operação desta terça-feira, dois haviam morrido em situações anteriores. Jefferson Angelo de Oliveira, conhecido como "Boca", foi morto em um confronto com a polícia e Edson José dos Santos Souza, vulgo "Batata", havia sido encontrado morto na prisão. Os outros cinco conseguiram fugir e não foram presos na operação. 

Segundo a Polícia, os envolvidos no homicídio fazem parte do Comando Vermelho e são os líderes do crime na área do Conjunto Eduardo Angelim. Os cinco foragidos são: Daniel Guedes Santiago (Dani), acusado de ser um dos executores; Mateus Barbosa da Costa (Molequinho), acusado de ser um dos executores e de ser assassino de Policiais Militares; Gabriel Freitas Ramos, Leandro Pereira Fernandes (Verdinho) e Bruno de Souza Matos (Furtado). Para todos havia mandado de prisão preventiva e busca e apreensão pela DPM e mandado de prisão temporária pela DH.

A investigação também afirma que há relação direta entre os presos desta manhã, acusados de tráfico de drogas, e os líderes do crime da área, que estão foragidos. "Nós chegamos a esses pontos de tráfico de drogas, que foram as pessoas presas durante a operação. Elas têm ligações com eles, mas não tem conexão com os homicídios. Eles são traficantes dos líderes, são os que vendem as drogas dos líderes" informou o delegado Luís Carlos, que também participou da operação.

Até o final da manhã de terça-feira (14) a polícia ainda fazia rondas na área em busca dos cinco foragidos.