Operação nacional prende supostos membros de facção criminosa com atuação no Pará
Entre os presos está Rosivaldo “Patolão”, investigado por ameaças ao Judiciário de Cametá. No Pará, as prisões ocorreram em Belém e região metropolitana.

A Polícia Civil do Pará deflagrou, nesta terça (29) e quarta-feira (30), a segunda fase da Operação Renorcrim/Parabellum, com o cumprimento de 20 mandados de prisão preventiva contra integrantes de uma facção criminosa com atuação interestadual. A ofensiva ocorreu simultaneamente nos estados do Pará, Goiás, Amazonas, Santa Catarina e Rio de Janeiro, com apoio das polícias civis locais e coordenação do Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e da Rede Nacional de Unidades Especializadas de Enfrentamento às Organizações Criminosas (Renorcrim).
No Pará, os mandados foram cumpridos em Belém e municípios da Região Metropolitana. Desde o início da operação, na semana passada, já foram 33 mandados executados em sete estados da federação.
Entre os alvos, destaca-se a prisão de Rosivaldo Progênio Costa, conhecido como “Patolão”, capturado em Goiás. Ele é investigado como uma das lideranças da facção e teria feito ameaças a membros do Poder Judiciário no município paraense de Cametá. Contra ele, foram cumpridos três mandados de prisão, sendo dois expedidos pela Vara Criminal de Cametá, com base em investigações conduzidas pela delegacia local.
Outro alvo foi Levi dos Santos da Silva, o “Levi”, que já se encontrava preso na Penitenciária de Bangu, no Rio de Janeiro. Durante buscas em sua cela, foram apreendidos dois celulares usados para coordenar crimes no Pará, como extorsões e ataques a agentes de segurança.
Em Manaus, no Amazonas, a polícia prendeu Amanda Kemmily Pimentel da Silva, suspeita de envolvimento direto em extorsões ligadas à facção. Nas redes sociais, ela exibia uma vida de ostentação, segundo a polícia. Já em Santa Catarina, cinco pessoas também foram presas durante a ação.
A operação é conduzida pela Delegacia de Repressão a Facções Criminosas (DRFC), vinculada à Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), com suporte do Grupo de Trabalho de Facções Criminosas (GTF) e do Núcleo de Inteligência Policial (NIP), além do apoio investigativo da Diretoria de Polícia do Interior (DPI) e da Delegacia de Polícia Civil de Cametá.
Com as prisões realizadas nesta semana, a DRFC já soma 105 mandados de prisão cumpridos nos primeiros 120 dias de 2025. Os mandados cumpridos nesta fase foram expedidos pela Vara de Combate ao Crime Organizado, com parecer favorável do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO-PA).
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