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MPF pede reforço policial após invasão de grupo pró-garimpo em associação indígena

O grupo atacou mulheres indígenas em Jacareacanga

Redação Integrada

O Ministério Público Federal (MPF) pediu à Secretaria de Segurança Pública do Pará (Segup) e à Polícia Militar que providenciem reforço policial urgente em Jacareacanga, nesta terça-feira (20). A motivação do pedido foi o ataque de um grupo favorável à mineração em terras indígenas contra mulheres de associação indígena contrária ao crime. Nesta quarta-feira (21), a Segup afirmou que vai reforçar o policiamento na região.

O ataque aconteceu no domingo, no porto do município no sudoeste do estado. Garimpeiros e representantes de uma minoria indígena que seriam aliciados por garimpeiros roubaram mais de 830 litros de combustível e um motor de barco. Os bens eram pertencentes à Associação das Mulheres Munduruku Wakoborũn.

A sede da associação já havia sido destruída por representantes do mesmo grupo pró-garimpo, no fim de março deste ano.

Josias Manhuary, indígena favorável ao garimpo, filmou o roubo e postou nas redes sociais. De acordo com o boletim de ocorrência registrado pelo advogado da Associação Wakoborũn, Marco Apolo Santana Leão, o homem também tem mandado áudios ameaçando as lideranças contrárias ao garimpo.

Pedido do MPF

No ofício enviado à Segup e PM, o MPF alerta que os representantes indígenas contrários à mineração ilegal pretendem realizar assembleia extraordinária, e devem voltar nesta quarta-feira (21) à zona urbana de Jacareacanga, para buscar insumos e combustível. Desta forma, eles estarão vulneráveis a novos ataques.

“Segundo informações já apuradas, tal ataque integra uma série de articulações planejadas pelos invasores da terra indígena, e que seguem em curso, como tentativa de gerar o silenciamento sobre as ilicitudes presenciadas no território, eis que as lideranças já haviam sido avisadas acerca de represálias, se acaso continuassem a combater invasão e exploração da área indígena”, registra o MPF no documento.

“Permanece em vigor, portanto, um estado de completa insegurança local para os indígenas que não anuem com práticas reconhecidamente ilícitas, os quais têm sofrido forte repressão por parte de grupos organizados de infratores, que se sentem à vontade para incorrer em crimes, sobretudo para promover atos de violência contra membros da etnia Munduruku”, completa o texto.

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