Motorista desaparecido durante travessia de balsa entre Belém e Barcarena é encontrado e sepultado
O caso é investigado pela Divisão de Homicídios e pela Delegacia de Desaparecidos, que devem ouvir nos próximos dias os integrantes da tripulação que atuavam na balsa
O corpo do motorista de aplicativo Lyndon Johnson Alves Leal, de 57 anos, foi encontrado na sexta-feira (6) por moradores da região do Baixo Moju, interior do Pará, após quatro dias de buscas. Ele estava desaparecido desde a noite de quarta-feira (3), quando realizava a travessia de balsa entre Belém e Barcarena.
Segundo familiares, Lyndon saiu de casa naquele dia para trabalhar normalmente, como costumava fazer quando tinha corridas longas. Ele morava com a mãe, de 73 anos, e era pai de um adolescente de 16.
A irmã da vítima, Glatys Alves Leal, 52, afirma que o irmão embarcou na balsa por volta das 19h. O veículo estava devidamente documentado, e Lyndon havia comprado a passagem. No entanto, por volta das 21h, no retorno da embarcação a Belém, a tripulação percebeu que havia um carro a bordo sem ocupantes.
“Eles viram que não tinha ninguém no carro e mesmo assim retiraram o veículo. O celular dele estava descarregado. A Polícia Militar só nos ligou por volta de meia-noite. No início, achamos que pudesse ser uma brincadeira”, relatou Glatys. A família não sabia que o motorista tinha feito essa viagem para Barcarena.
"Nós só tivemos conhecimento dessa viagem por que ele falou para um vizinho que faria uma corrida até Barcarena. A família começou as buscas no dia seguinte, mas afirma que não recebeu todas as informações da equipe responsável pela navegação.
O corpo encontrado na sexta-feira estava em avançado estado de decomposição. Como a irmã não teve condições de fazer o reconhecimento, a identidade foi confirmada por meio de impressões digitais. O corpo foi encaminhado diretamente para sepultamento, ocorrido no sábado à tarde, em Belém, pela funerária Gold Pax, na estrada da Alça Viária.
Glatys cobra explicações sobre o que ocorreu na balsa e responsabiliza a empresa operadora da embarcação. “Eles omitiram que alguém teria caído na água e pedido socorro, e o comandante não parou”, disse.
Glatys Alves disse que não sabe de fato o que ocorreu, mas declara que a família vai exigir uma resposta. O caso é investigado pela Divisão de Homicídios e pela Delegacia de Desaparecidos, que devem ouvir nos próximos dias os integrantes da tripulação que atuavam na balsa.
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