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Em vídeo, comerciante aparece desmaiado após abordagem em blitz no Mangueirão

O rapaz, que trabalha entregando marmitas, diz ter sofrido lesões em decorrência da ação dos guardas municipais, que por sua vez registraram TCO por desacato

Redação Integrada

O comerciante Cleber dos Santos Rocha, de 33 anos, divulgou em redes sociais exames e radiografias que comprovariam lesões no pescoço durante uma abordagem da Guarda Municipal de Belém (GMB) na tarde desta quarta-feira (18), no bairro do Mangueirão, em Belém.

Cleber diz que, após cometer uma infração trânsito, foi agredido e mantido no chão durante toda a abordagem, em uma blitz da Superintendência de Mobilidade Urbana (Semob), e que chegou a desmaiar por causa das agressões.

"Eu fui vítima de agressão de agentes de trânsito e não sou o primeiro, nem o segundo, nem o terceiro, pois esses caras estão acostumados a fazer esse tipo de abordagem desrespeitosa, truculenta e agressiva", diz o comerciante.

image Radiografias feitas no corpo de delito (Arquivo pessoal)

Em um vídeo que mostra o momento em que teria sido agredido pelos guardas, Cleber aparece desmaiado no canteiro da avenida. "Sofri vários traumas, além de físicos", destaca Cleber. "Eu tava trabalhando, com as marmitas que eu entrego nas costas. Isso me mexeu muito, mas já estou tomando as medidas cabíveis com o meu advogado, que vem me aconselhando como agir juridicamente. Tenho muitas provas e vou usar isso para responsabilizar quem me agrediu."

Guardas registraram ocorrência contra o comerciante

O caso foi registrado na Seccional Urbana da Marambaia, mas pelos agentes acusados de agressão, e não pelo comerciante. Um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) foi feito contra o rapaz, onde os guardas municipais alegaram ter sido desacatados em serviço.

Segundo os agentes, uma blitz com agentes da Semob e da GMB era realizada na Avenida Augusto Montenegro, e o comerciante não atendeu à ordem de parar sua motocicleta quando foi solicitado, estacionando cerca de 300 metros a frente.

Ao questionarem o porquê do comerciante não ter parado, o rapaz teria dito que "não era bandido" e que "não parou por ter sido abordado de forma agressiva". Cleber ainda teria ofendido os guardas, dizendo que queriam dinheiro e que era ladrões. Todas essas ofensas foram registradas no TCO.

Quando verificado no sistema, ficou constatado que o veículo estava com pendências e o licenciamento atrasados. Os agentes, então, disseram que confiscariam a motocicleta e, segundo os guardas, Cleber se revoltou, tentou agredi-los e chegou a arrancar o rádio de um deles.

Por fim, os guardas alegam apenas que contiveram o homem em sua fúria no chão e o conduziram à delegacia.

Comerciante nega ter agredido guardas municipais

Cleber nega que tenha agredido os agentes, mas reconhece que cometeu as infrações. Ele diz ainda que não registrou Boletim de Ocorrência contra os guardas porque eles tomaram a frente em responsabilizá-lo, mas que pretende prestar queixa na sexta-feira (19), acompanhado de um advogado.

Um exame de corpo de delito, com radiografias, foi feito, e Cleber alega que o exame comprova as agressões, mas o resultado do laudo, porém, só fica pronto em 15 dias. Por enquanto, o comerciante deve usar um colar cervical e tomar medicação para dor, conforme prescrição do médico que o atendeu.

Em nota, a Guarda Municipal de Belém confirmou o episódio, mas não citou as supostas agressões. A nota diz apenas que "foram tomadas todas as medidas possíveis para conter o motociclista e imobilizá-lo".

Ainda segundo o comunicado, no local, foi constatado que o condutor não tinha Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Contra o comerciante, foi feito um TCO por desacato.

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