Duas pessoas são presas por vender cartões de vacinação falsos em Belém
Documento era comercializado por até R$ 500 para viajantes ao Suriname

A Polícia Federal prendeu duas pessoas por venda de cartões de vacinação falsos. A ação fez parte da Operação Voucher, iniciada na noite desta quarta-feira (23) e que durou até a manhã desta quinta-feira (24), no Aeroporto Internacional de Belém. Com os suspeitos, foram apreendidos cerca de R$ 50 mil, U$ 4,2 mil, aparelhos celulares e passaportes de terceiros. Cada cartão de vacina era vendido por R$ 400 a R$ 500, de acordo com a PF. Compradores eram passageiros que iam de Belém a Paramaribo, no Suriname, país que exige vacina para febre amarela, na entrada.
Após três meses de monitoramento, o Núcleo de Polícia Aeroportuária da PF chegou a quatro pessoas que se diziam despachantes, mas não tinham credenciais para trabalhar no aeroporto. Todos foram ouvidos pelo delegado que dirige o caso, mas só dois deles tiveram provas suficientes para realização do flagrante: um taxista e uma mulher, abordados dentro do táxi, onde estava todo material que foi apreendido.
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Os presos responderão na Justiça por associação criminosa, promoção de imigração ilegal e documento falso, com penas que podem chegar a 11 anos de prisão. O taxista já havia sido preso em Recife (PE), por transporte ilegal de dinheiro.
Outra dupla é investigada por associação criminosa, mas permanece em liberdade. Um deles já havia sido preso por lavagem de dinheiro. Os quatro continuam sob investigação, assim como outras pessoas que participaram no crime.
Entre o material apreendido, havia cartões de vacina do SUS e do Suriname. Eles eram originais, supostamente comprados pelos criminosos por R$ 100, mas com inserção de dados falsos, ou seja, com nome de pessoas que não se vacinaram, mas pagaram para obter o documento e poder entrar no Suriname.
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