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Brasileiros que viajavam para garimpos são vítimas de naufrágio na Guiana Francesa

Há pelo menos um paraense entre as vítimas já identificadas e sobreviventes. Porém, uma lista formal de nomes ainda não foi estabelecida e nem divulgada

José Maria Silva, especial para O Liberal
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Parentes das vítimas de naufrágio ocorrido na localidade de cabo Pointe Béhague, na Guiana Francesa, na noite de 28 de agosto, continuam na expectativa de obterem informações de seus familiares. Segundo eles, como as operações são de responsabilidade da polícia francesa, é difícil saber o andamento dos trabalhos de forma mais precisa e acessível. Até esta sexta-feira (10) — 12 dias após o fato — não há novidades por parte dos órgãos de segurança pública do Amapá.

A princípio, são 20 vítimas do naufrágio. Uma parte, possivelmente, buscava oportunidades de trabalho no outro país. Entre estes, 17 homens que estavam a bordo de uma embarcação, que saiu do município de Oiapoque (a 590 km da capital do Amapá) e tendo como provável destino os garimpos de Kourou, na Guiana Francesa.

Por se tratar de uma viagem clandestina, eles decidiram viajar à noite, para driblar a fiscalização da polícia francesa. Por volta das 23h, a embarcação naufragou, provocada por uma tempestade na foz do rio Approuague, região com fortes ventanias e correnteza. Isso pode ter espalhado os corpos das vítimas de forma muito aleatória e para longe do local do acidente.

De acordo com o delegado Charles Correa, da Polícia Civil do município de Oiapoque, por enquanto, quatro passageiros foram resgatados com vida e três mortos. Uma mulher sobreviveu agarrada a uma bóia e foi identificada como Maria Elinete Correia Costa, 40  anos, da cidade de Urbano Santos (MA). Outro resgatado foi Ronaldo Rodrigues Mota, 48 anos, de Belém. Mais dois homens, ao serem resgatados, fugiram ao chegar em terra firme.

Maria Elinete foi quem contou detalhes sobre a viagem, dando início aos trabalhos de resgate pelas autoridades francesas. Isso mobilizou as polícias Civil e Federal no lado brasileiro. Algumas informações repassadas pela mulher dão conta que o responsável, cuja identidade ainda é desconhecida, parou na localidade de Vila Vitória, em Oiapoque. Lá, mais mais cinco pessoas embarcaram, totalizando 25 passageiros.

A polícia também apurou que a capacidade da embarcação era de apenas 10 passageiros. Além disso, transportava aproximadamente 700 quilos de cargas. Embora o acidente tivesse ocorrido dia 28, os trabalhos de resgate só iniciaram dia 31, devido à distância e dificuldades para chegar ao local. As autoridades já sabem que as vítimas eram dos estados do Maranhão, Pará e Amapá.

O Governo do Amapá montou uma base de apoio em Oiapoque para atender às famílias, com uma equipe composta pelo Corpo de Bombeiros Militares, polícias e o Centro de Cooperação Policial Franco-Brasileiro. As buscas pelos corpos contam com voluntários. Os trabalhos da PF seguem em Macapá e em Oiapoque.

Possíveis parentes e amigos dos desaparecidos e vítimas estão sendo ouvidos. As autoridades seguem no trabalho de identificação dos desaparecidos para formar uma lista nominal mais completa e formal, algo que por enquanto não foi estabelecido. Algumas famílias já começaram a procurar as autoridades por saberem de planos de algumas das possíveis vítimas desaparecidas de fazer a viagem clandestina.

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