Base Candiru do Baixo Amazonas apreendeu 1,1 tonelada de drogas até setembro deste ano
Base também já apreendeu 388,4 metros cúbicos de madeira serrada e 14 toneladas de pescado ilegal
A Base Integrada Fluvial “Candiru” completa um ano se consolidando como um marco na segurança pública fluvial no Estado. Somente no acumulado deste ano, de janeiro a setembro, a Base apreendeu 1,1 tonelada de entorpecentes, o que tem inibido a criminalidade na região do Baixo Amazonas. Os agentes realizam o patrulhamento e fiscalização ostensiva na região, para assegurar a ordem e a segurança às comunidades ribeirinhas e aos comerciantes locais.
O local que antes servia para transporte contínuo de drogas e a criminalidade mudou com a atuação da Base Candiru. As forças de segurança tentam assegurar a proteção da vida e o combate ao crime organizado nas hidrovias da região.
Para o secretário de Segurança Pública e Defesa Social, Ualame Machado, a Base Candiru é um importante instrumento de combate à criminalidade em um ponto estratégico do estado.
“Nossa missão é garantir a segurança em todas as frentes, e as hidrovias, que são as veias logísticas do nosso estado, exigem uma atenção especial e estratégica. A Base Candiru é o nosso ponto de inflexão nessa região. Desde sua implementação, a Base tem demonstrado uma eficácia notável no combate ao crime organizado”, pontua.
No período de janeiro a setembro, as forças integradas que atuam na Base conseguiram em 838 abordagens apreender 388,4 metros cúbicos de madeira serrada, além de 14 toneladas de pescado ilegal, 1,1 tonelada de entorpecentes e 9 prisões. Além disso, foram apreendidas 2 armas, 85 celulares, 17 veículos e 25.617 pessoas foram abordadas.
Somente no mês passado, foram 56 kg de entorpecentes apreendidos, 103 munições calibre 22 apreendidas e 2 mandados de prisão cumpridos e uma lancha apreendida.
Ualame destaca que “os números falam por si: as apreensões significativas de entorpecentes e a retirada de materiais ilícitos de circulação representam um golpe contundente contra as rotas do tráfico que tentam se estabelecer em nossos rios. Isso não é apenas estatística; é a garantia de que menos drogas chegam às nossas cidades e comunidades”, disse.
Transformação
O impacto mais profundo da Base Candiru é sentido diretamente pela população ribeirinha. Onde antes havia insegurança, medo e a presença de criminosos, hoje há presença ostensiva e incansável do Estado.
“Ouvimos os relatos dos moradores e comerciantes: a tranquilidade foi restaurada, a percepção de maior policiamento voltou, e o desenvolvimento local pode florescer sem a sombra da criminalidade. A Base Candiru é um símbolo do nosso compromisso inegociável com a vida e a segurança da população do Baixo Amazonas e do Pará”, ressalta Ualame.
Há seis anos, o advogado e empresário, José Canto, relembra que a região era violenta e permeada por grupos. “Isso faz parte do passado, hoje é muito tranquilo. A forma de abordagem aos meliantes fez desaparecer a criminalidade”, conta.
Já para o fiscal de meio ambiente do município, Adalberto Alvarenga, o trabalho desenvolvido pela base contribuiu para a redução de crimes ambientais, que ocorriam com maior intensidade.
“Depois da chegada da Base houve uma redução bem significativa. A Base nos dá apoio nas fiscalizações, como forma de contribuição ao nosso trabalho. Tanto na cidade quanto nos rios existe hoje uma percepção de segurança bem maior. Dá para perceber a quantidade de drogas apreendidas e pessoas presas. Como morador obidense falo com muita convicção de que a segurança melhorou muito em nossa cidade com a redução do tráfico”, destacou.
Outro público impactado de forma positiva pela Base Fluvial são os comerciantes que recebem, através de embarcações que transitam pelo rio, inúmeros clientes. Residente nas proximidades da Base, Silvana Albuquerque é comerciante e opera um estabelecimento de itens alimentícios há 20 anos. Ela conta que antes vivia na insegurança às margens do rio.
“Agora a gente se sente seguro e a Base veio mesmo para reforçar a segurança do nosso município. Já tiraram muitas coisas de circulação, que isso ia prejudicar muitas famílias. Graças a Deus que isso não foi adiante, parou. E aí eles trabalham dia e noite, chega barco e eles vão para lá revistar”, disse.
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