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Laudo aponta que causa da morte de bebê deixado sozinho em casa foi asfixia por broncoaspiração

Testemunhas disseram ao delegado fazia parte da rotina do casal deixar criança de 2 meses sozinha na casa para ir beber no bar

Ândria Almeida

O laudo necroscópico do Instituto de Criminalística da Polícia Científica constatou que a causa da morte do bebê encontrado morto após ter sido deixado sozinho em casa pelos pais, em Santarém, ocorreu por asfixia em decorrência de uma broncoaspiração. No dia da morte, 23 de março, o casal saiu para um bar sem o bebê, onde consumiram bebida alcoólica e ao retornarem houve uma briga, em seguida foi constatado o  óbito da criança.

O delegado Gilberto Aguiar, da Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente, que presidiu o inquérito, relata que algumas testemunhas do caso afirmaram que era rotina do casal deixar a criança de 2 meses sozinha na casa para ir beber no bar. 

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“Baseados nos relatos das testemunhas e na conversa com o perito que estava fazendo o levantamento de local,  foi decidido autuar o casal em flagrante pelo crime de homicídio na modalidade de dolo eventual”, enfatizou. 

O delegado relata ter levado  em consideração também a distância da casa que a criança ficou sozinha do bar em que os pais estavam, que era de aproximadamente 150 metros, ou seja, impossível ouvir o choro ou perceber qualquer problema que a criança tivesse. 

De acordo o delegado, o laudo apontou que a causa da morte da criança foi provocado por asfixia por broncoaspiração

“Após toda essa essa formalização, nós encaminhamos o procedimento policial já, primeiramente concluído e relatado ao poder judiciário, que agora irá dar juntamente com o Ministério Público continuidade ao procedimento”, concluiu o delegado.

Sobre o caso

O casal Paula Manuele Medeiros e Fabrício Cunha, pais do bebê de apenas dois meses foi preso em flagrante na manhã no dia 23 de março. 

Os dois vão responder por homicídio na modalidade dolo eventual, ou seja, para a polícia eles assumiram o risco ao deixar a criança sozinha em casa para ingerir bebida alcoólica em bar próximo da residência do casal.

Na ocasião, a mãe do bebê, Paula Manuele, alegou que retornava em casa para verificar a condição da criança a cada 20 minutos e ele estava bem."Não sei se ele se asfixiou dormindo de bruços", relatou.