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Do céu aos rios: Pará apreende mais de 12 toneladas de drogas em 2025

Sob a coordenação da Segup, agentes de segurança pública realizam apreensões de entorpecentes em aeronaves, rios, portos e rodovias, além do enfrentamento direto aos traficantes que atuam nas rotas terrestres do estado

Dilson Pimentel

O combate ao tráfico de drogas no Pará envolve uma estratégia abrangente e coordenada que se estende do céu aos rios da região, com atuação intensa também nas vias terrestres. Neste ano, foram apreendidas mais de 12 toneladas de entorpecentes no Estado. Sob a coordenação da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), agentes de segurança pública realizam apreensões de entorpecentes em aeronaves, rios, portos e rodovias, além do enfrentamento direto aos traficantes que atuam nas rotas terrestres do estado.

De 1º de janeiro a 31 de agosto de 2025, foram apreendidos 12.248,014 kg de drogas em todo o Pará. Desse total, 6.376,898 kg eram de maconha e 5.871,116 kg de cocaína. No mesmo período de 2024, o volume apreendido foi de 9.357,356 kg de drogas, sendo 6.871,107 kg de maconha e 2.486,249 kg de cocaína, conforme dados da Segup.

O levantamento anual de apreensões também mostra a evolução do combate ao tráfico nos últimos anos. Em 2024, de janeiro a dezembro, foram apreendidos 13.349,779 kg de drogas no Pará, sendo 10.446,079 kg de maconha e 2.903,700 kg de cocaína. Em 2023, o acumulado foi de 9.161,392 kg, incluindo 5.897,293 kg de maconha e 3.264,099 kg de cocaína. Os números demonstram não apenas um aumento significativo nas apreensões, mas também uma ação estratégica e contínua das forças de segurança.

O secretário de Segurança Pública e Defesa Social, Ualame Machado, destaca o grande volume de apreensão de drogas nos últimos anos, especialmente em 2024 e 2025. “Isso é parte de uma estratégia. Não é que o Pará passou a ser uma rota do tráfico agora. É que, na verdade, nós não estávamos posicionados onde deveríamos estar anteriormente”, explicou. Segundo ele, os únicos produtores de cocaína e do skunk - uma variedade de maconha de alto poder entorpecente - são os países andinos: Colômbia, Bolívia e Peru.

“100% da cocaína fabricada no mundo praticamente é fabricada nesses três países. O Brasil não produz cocaína. Então toda a cocaína que vem para o Brasil vem desses países. E o principal corredor dessa droga para entrar no Brasil é o corredor do rio Solimões, que depois se torna o corredor do rio Amazonas, atravessando todo o estado do Pará, depois que passa pela divisa com o Amazonas”, explicou.

A presença das forças de segurança em pontos estratégicos tem sido determinante para ampliar as apreensões. “Em razão de estarmos posicionados de forma adequada, conseguimos aumentar muito o número de apreensões. Essa droga sempre passou por aqui, a gente só não aprendia”, afirmou o secretário.

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Recorde histórico

Em 2024, o governo estadual apreendeu mais de 13 toneladas de drogas, número considerado recorde histórico do Pará. “Até 2018, o Pará apreendia cerca de 3 toneladas de droga. Este ano de 2025, se você pegar os dados de 1º de janeiro até 31 de agosto, ou seja, os oito primeiros meses do ano, já temos mais de 12 toneladas de drogas apreendidas. Então, nós estamos muito próximos de bater ainda em setembro o total do ano de 2024, que já havia sido historicamente o maior número de apreensões”, afirmou o secretário Ualame Machado.

A expectativa é que os números de 2025 superem os do ano anterior. “Fatalmente vamos bater esse número, e é provável que ultrapassemos em cerca de 3 a 4 toneladas, se as apreensões continuarem no mesmo ritmo”, acrescentou. De acordo com a Segup, a principal rota da cocaína sempre passou pelo Pará. Nos últimos cinco a seis anos, porém, houve aumento expressivo no tráfico da super maconha.

“A Colômbia praticamente se dedica hoje ao skunk, enquanto Bolívia e Peru continuam na produção da cocaína. A gente teve um aumento nas apreensões de super maconha nos anos anteriores. Era um pouco mais de apreensão de maconha em relação à cocaína. Porém, em 2025, temos um retrato um pouco diferente”, explicou o secretário.

“Está muito igual. A diferença são pouquíssimos quilos dessas 12 toneladas já apreendidas. Levando à certeza de que temos feito um trabalho que combate todos os tipos de organizações criminosas, seja no ramo da super maconha ou da cocaína, e também em todos os modais”, completou.

Modais do tráfico

O monitoramento mostra diferenças no perfil do transporte ilícito de drogas:

Aéreo: predominância da cocaína.

Fluvial: historicamente cocaína, mas com aumento do skunk nos últimos anos.

Rodoviário: equilíbrio entre maconha e cocaína.

“Em resumo: quando você pega o modal aéreo, o domínio é da cocaína ainda. Mas quando pega o modal fluvial e rodoviário, percebemos uma equiparação nas quantidades”, disse o secretário da Segup. O enfrentamento ao tráfico de drogas ganhou nova configuração a partir de 2019, quando o estado estruturou uma estratégia específica para o Pará. Os reflexos começaram a aparecer já em 2020. “Até 2019, que foi nosso primeiro ano, estávamos ajustando essa estratégia porque sabíamos o que precisava ser feito. Nós, por exemplo, não estávamos presentes logo que a droga atravessava a divisa do Estado do Amazonas com o Pará. E a gente sabe que toda droga só entra no Pará se passar pelo Amazonas”, contou o secretário Ualame Machado.

Segundo ele, ainda que o Pará não faça fronteira internacional, o estado se tornou peça-chave para o tráfico. “Se os produtores de cocaína e super maconha estão na divisa do Amazonas com os outros países, essa droga fatalmente vai ter que chegar ao Pará. Não há como escoar pela via rodoviária ou fluvial sem passar por aqui. Do Amazonas não há rodovia que ligue ao restante do Brasil, não há porto que possa exportar essa droga. Para alcançar o Brasil ou sair para fora, precisa passar pelo Pará”, destacou.

Distribuição pelo território

O Pará também é o ponto de distribuição da droga para o restante do Brasil. “Toda droga só é distribuída para o país quando chega aqui, porque é a partir do Pará que você tem a BR-163, a Transamazônica, a BR-010 (Belém-Brasília) e a BR-316. Somente quando a droga chega ao Pará, ela consegue ser distribuída para o restante do Brasil”, explicou o secretário. Ele também lembrou a importância estratégica do porto de Barcarena.

“É o porto mais próximo dos Estados Unidos, que é o maior consumidor de drogas do mundo. Em relação à Europa, o porto de Barcarena também continua sendo vantajoso, muito parecido em distância com os portos de Pecém, no Ceará, ou Itaqui, no Maranhão. Mas é muito mais lucrativo e mais perto para o tráfico do que ter que transportar até Santos ou Paranaguá. Do Amazonas até o Sul, você atravessa o Brasil inteiro e ainda enfrenta uma viagem marítima mais longa. Já por Vila do Conde, em Barcarena, a logística é mais favorável ao tráfico fluvial”, detalhou.

O tráfico aéreo também representa risco. Pequenas aeronaves que partem de países vizinhos frequentemente precisam reabastecer no território paraense. “Digamos que uma aeronave saia da Venezuela, da Colômbia, da Bolívia ou do Peru. Se ela vier levar droga para o Nordeste do Pará ou para próximo do Porto de Vila do Conde, terá que reabastecer. Normalmente, esse reabastecimento é feito no Pará, porque é o limite da autonomia de combustível dessas aeronaves”, explicou Ualame Machado.

As áreas mais usadas são Jacareacanga e Itaituba, onde a atividade de garimpo ilegal deixou como herança diversas pistas clandestinas. Também o sul do Pará, nas regiões de Redenção e São Félix do Xingu, concentra pousos ilegais em áreas de floresta densa.

“Quando se fala em tráfico aéreo, o Pará está nessa rota porque, ao sobrevoar o estado, essas aeronaves já precisam reabastecer. Parte da droga fica aqui para distribuição ou embarque em Vila do Conde, e outra parte segue viagem para Nordeste ou Sul do Brasil. Mas fatalmente o Pará é um local de passagem, e isso explica a quantidade apreendida também no modal aéreo”, afirmou.

Reação dos traficantes

À medida que a polícia amplia sua presença, as organizações criminosas também mudam suas estratégias. “Nós tivemos, por exemplo, uma apreensão recente em Rurópolis, no cruzamento da Transamazônica com a BR-163, onde foram apreendidos quase uma tonelada de droga. Os presos, inclusive estrangeiros, relataram que estavam usando o modal aéreo para evitar o fluvial, pois teriam que passar pela Base Fluvial Candiru, em Óbidos”, contou o titular da Segup.

Segundo ele, a criminalidade age com flexibilidade, mas a inteligência policial acompanha as mudanças. “Se de um lado a segurança pública estuda para se posicionar estrategicamente, eles tentam burlar a fiscalização. Temos que estar atentos a isso em todos os modais para nos antecipar. Da mesma forma ocorreu em uma recente apreensão rodoviária, na divisa com o Maranhão, em que interceptamos 600 kg de droga”, disse.

As bases fluviais são apontadas como um dos maiores diferenciais do Pará no combate ao tráfico. “Não há dúvida de que uma das estratégias mais exitosas no Brasil é a das bases fluviais. Elas têm sido reconhecidas nacionalmente pela Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública). Outros estados da Amazônia Legal já estão copiando o modelo paraense”, afirmou Ualame Machado.

Essas bases permitem fiscalização integrada, com participação da Receita Federal, Sefa (Secretaria da Fazenda do Pará) e forças policiais. “Estamos posicionados com a base Candiru, no Estreito do Rio Amazonas, ponto obrigatório de passagem; em Breves, no rio Tajapuru, onde o arquipélago do Marajó converge; e vamos inaugurar ainda este ano a base no Furo do Capim, próxima à entrada do Rio Tocantins, região estratégica que dá acesso a Abaetetuba, Igarapé-Miri, Cametá e também ao Porto de Vila do Conde”, disse.

O planejamento prevê ainda a integração de outros modais. “Depois disso, teremos bases rodoviárias em cruzamentos estratégicos, como a Santarém-Cuiabá com a Transamazônica. Haverá bases terrestres integradas, além da parceria com a Força Aérea Brasileira no monitoramento de aeronaves. Existe a Lei do Abate, em que a Aeronáutica faz o monitoramento, com apoio da inteligência da Polícia Federal. Crime em aeronaves é atribuição federal, mas temos ajudado muito nas apreensões do modal aéreo”, afirmou o secretário.

Pirarucu: disfarces usados pelos traficantes

Entre as estratégias para tentar despistar a fiscalização, está o uso de cargas de pescado, como o pirarucu, devido ao forte odor. A intenção é confundir os cães farejadores empregados nas inspeções. “Nós temos utilizado bastante cães farejadores nas bases fluviais e também em diligências no Porto de Vila do Conde. Tivemos apreensões recentes em cargas de açaí, em pescado, inclusive dentro de geleiras, embaixo do gelo, em sacos escondidos com drogas. Também encontramos entorpecentes dentro de painéis de veículos e baús de caminhões. Todas as formas possíveis de esconder essa droga já foram tentadas”, relatou o secretário Ualame Machado.

Segundo ele, a preparação dos agentes é fundamental para enfrentar essas manobras. “Isso conta com a expertise dos nossos policiais, com a utilização de cães e, claro, com a inteligência policial de mapear os modais utilizados e os esconderijos dentro de embarcações, veículos ou aeronaves. Tudo faz parte de um trabalho de inteligência muito forte”, explicou.

A colaboração do setor pesqueiro e de empresas de transporte também tem sido importante. “As embarcações de carga, de passageiros e as pesqueiras têm relação muito próxima conosco, porque todas são abordadas. Mesmo quando não conseguimos parar 100% delas, todas são contactadas via rádio marítimo. Muitas vezes as tripulações nos auxiliam, indicando suspeitas em bagagens de passageiros, por exemplo. Essa colaboração tem sido essencial para o sucesso das apreensões”, disse.

Parceria com a Polícia Federal

A Segup mantém integração estreita com a Polícia Federal, já que constitucionalmente o combate ao tráfico é atribuição da PF. “As polícias estaduais atuam em colaboração. Toda droga apreendida pela Polícia Militar ou Civil é parte desse trabalho conjunto. Mas, em termos de inteligência, trabalhamos de forma muito integrada”, afirmou o secretário.

O Pará também conta com a FICCO (Força Integrada de Combate ao Crime Organizado), em funcionamento há quase dois anos. “A integração não é apenas no discurso. Ela existe formalmente por meio das FICCOS, e várias operações já foram feitas a partir desse trabalho”, destacou. Um exemplo recente ocorreu no sul do Pará, em Santa Maria das Barreiras, quando uma aeronave caiu em uma fazenda. A Polícia Militar fez a apreensão e a PF atuou na lavratura do flagrante. “Quando está claro que se trata de tráfico internacional, como em aeronaves vindas do exterior, já apresentamos a droga diretamente à PF. Essa parceria tem funcionado muito bem”, afirmou Ualame.

No Pará, duas grandes organizações criminosas (PCC e Comando Vermelho) estão na linha de frente do tráfico, com perfis diferentes. “Há uma que atua mais na parte financeira, exportando drogas sem querer domínio de território ou confronto. E outra que foca no comércio local, em quantidades menores, mas com perfil territorialista, marcado por enfrentamentos”, explicou o secretário. Ambas sofrem impactos com as apreensões.

“Quando você apreende toneladas de droga, atinge fortemente a organização voltada para exportação. Mas quando retira 2, 3, 10 ou 15 quilos, também causa prejuízo à facção que atua no varejo, no domínio local. Os dois tipos de facções têm recebido golpes duros”, disse. A Conferência do Clima (COP-30), que será realizada em Belém em 2025, terá reforço inédito no policiamento.

“Nunca se verá tanta polícia quanto na COP. Teremos a ajuda de 1.500 novos agentes de segurança em formação no Iesp, que estarão disponíveis para o evento. Além do efetivo já existente, nenhum policial estará de férias nesse período, todos estarão a pronto emprego”, adiantou Ualame.

Além dos agentes estaduais, a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal devem somar cerca de 3.000 policiais. As Forças Armadas também estarão presentes com missões específicas de combate a armas biológicas, químicas, terrorismo e proteção de estruturas críticas. “Belém será certamente a cidade mais vigiada e policiada do Brasil durante o período da COP”, afirmou.

Próximos passos: 2025 e 2026

A Segup já projeta avanços para os próximos anos. Em 2025, a prioridade é concluir o circuito fluvial com a inauguração da base no Baixo Tocantins, no Furo do Capim, região estratégica próxima a Barcarena, Abaetetuba e Igarapé-Miri.

“Essa base fechará o circuito. Uma embarcação que venha do Amazonas até Belém passará obrigatoriamente pelas três bases: Candiru, em Óbidos; Antônio Lemos, em Breves; e a nova no Baixo Tocantins. Garantiremos que nenhuma embarcação de grande rota deixe de ser fiscalizada, muitas vezes até três vezes”, disse o secretário.

Já em 2026, a meta é ampliar a estratégia para o modal terrestre. “Vamos construir bases integradas em entroncamentos de grandes rodovias, como a Transamazônica e a BR-163, atuando em conjunto com a Polícia Federal, Rodoviária Federal, Civil e Militar. A ideia é replicar em terra o modelo de sucesso das bases fluviais”, detalhou. Na parte aérea, as ações continuarão voltadas para a eliminação de pistas clandestinas e o combate a garimpos ilegais, que servem como suporte logístico ao tráfico. “Quando você elimina um garimpo, elimina também toda a estrutura ao redor, inclusive pistas de pouso clandestinas que favorecem o tráfico aéreo”, concluiu Ualame Machado.

2025: apreensões de drogas em aeronaves

31 de julho

Uma tonelada de skunk foi apreendida em uma aeronave de pequeno porte na noite de quinta-feira (31), na região de Divinópolis, entre os municípios de Rurópolis e Itaituba, no sudoeste do Pará. Além da droga, dois homens foram presos, duas caminhonetes e duas armas foram apreendidas.

A operação foi coordenada pela inteligência da Polícia Militar do Pará, com apoio de oito viaturas e suporte aéreo. A aeronave interceptada é do modelo Sêneca.

31 de julho:

Uma ação integrada entre o Núcleo Regional de Inteligência do Comando de Policiamento Regional I (CPR-I), da Polícia Militar do Pará, e a Polícia Federal resultou na apreensão de aproximadamente uma tonelada de entorpecentes. A carga ilícita era transportada em uma aeronave de pequeno porte, interceptada no sudoeste do Pará.

De acordo com as investigações, a droga era destinada ao tráfico internacional, e a aeronave pousou em uma pista clandestina próxima à vila de Divinópolis. O avião já identificado é do modelo Sêneca. Um segundo avião, possivelmente um Baron, continua sendo procurado pelas equipes na região.

Droga saiu da Venezuela e pousou em pista clandestina no Pará

O monitoramento da movimentação começou em maio deste ano, com foco na rota do narcotráfico internacional. Segundo as investigações, a droga saiu do sul da Venezuela e foi descarregada em uma pista clandestina nas proximidades da vila de Divinópolis. Um segundo avião, possivelmente do modelo Baron, ainda está sendo procurado pelas forças de segurança.

28 de agosto:

Uma operação coordenada pela Polícia Militar do Pará apreendeu cerca de 435 quilos de pasta base de cocaína na zona rural da região de Vila Mandi, nas proximidades de Santana do Araguaia, sul paraense. À frente da ação esteve a 30ª Companhia Independente da PM (CIPM). A droga foi localizada após o pouso forçado de uma aeronave em uma área de pasto de uma Fazenda, por volta das 18h desta quinta-feira (28).

No interior da aeronave e em seu entorno, foram encontrados 430 tabletes de substância semelhante à pasta base de cocaína, totalizando aproximadamente 434,9 kg, além de equipamentos utilizados na navegação e indícios de tentativa de ocultação da origem da aeronave, como adesivos com falsas numerações. Também foram localizados galões de combustível, o que aponta para reabastecimento clandestino.

Apreensões em números:

De 1º de janeiro a 31 de agosto de 2025, foram apreendidos 12.248,014 kg de drogas em todo o Pará. Desse total, 6.376,898 kg eram de maconha e 5.871,116 kg de cocaína. No mesmo período de 2024, o volume apreendido foi de 9.357,356 kg de drogas, sendo 6.871,107 kg de maconha e 2.486,249 kg de cocaína.
Em 2024, de janeiro a dezembro, foram apreendidos 13.349,779 kg de drogas no Pará, sendo 10.446,079 kg de maconha e 2.903,700 kg de cocaína.

Em 2023, o acumulado foi de 9.161,392 kg, incluindo 5.897,293 kg de maconha e 3.264,099 kg de cocaína. Os números demonstram não apenas um aumento significativo nas apreensões, mas também uma ação estratégica e contínua das forças de segurança.

 

Apreensões de drogas nos rios

Bases fluviais

2025- Junho

A Base Integrada Fluvial Antônio Lemos, primeira do Estado instalada na região do Marajó, completou três anos com estatísticas importantes. A base realizou quase 4 mil abordagens às embarcações, além da apreensão de mais de 3 toneladas de drogas e 15 toneladas de pescado irregular. Houve ainda a redução de 74% nos crimes de roubo e 30,70% nos crimes de furto, após a implantação da base na região do Rio Tajapuru, no distrito de Antônio Lemos, município de Breves.

Agosto

Uma ação integrada das forças de segurança na Base Fluvial Candiru, em Óbidos, no oeste do Pará, resultou na prisão de cinco homens, sendo dois brasileiros e três peruanos, e na apreensão de 375 quilos de drogas, entre maconha e cocaína, na madrugada deste domingo (10). A fiscalização também apreendeu uma lancha, motores e munições. A polícia não confirmou se os brasileiros são paraenses.

Também em agosto

Mais de 100 quilos de entorpecentes foram apreendidos na tarde desta terça-feira (26) em uma embarcação que seguia de Manaus (AM) para Belém. A ação foi realizada pela Base Fluvial Antônio Lemos, vinculada à Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), durante fiscalização no Rio Tajapuru, em frente ao distrito de Antônio Lemos, zona rural de Breves, no Arquipélago do Marajó.