Aluno acusado de ameaças em colégio particular ainda será ouvido

Delegado Marco Antônio Duarte disse que caso requer muito cuidado

Redação Integrada
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O delegado Marco Antônio Duarte, diretor de Polícia Metropolitana, falou na tarde desta quarta-feira (8) sobre as investigações do caso do estudante do 2º ano do Ensino Médio, do Colégio Marista Nossa Senhora de Nazaré, que proferiu ameaças a alunos e professores da instituição. Em entrevista concedida na Delegacia Geral, situada na avenida Magalhães Barata, bairro de Nazaré, ele explicou como a polícia tomou conhecimento da ocorrência. "Os pais dos alunos tomaram conhecimento por meio das redes sociais, aí a delegada titular da Divisão de Atendimento ao Adolescente (Data) tomou a iniciativa de fazer o boletim de ocorrência. Foi constatado que o aluno teria supostamente ameaçado um professor. Como o estudante é maior de 18 anos, o caso foi tramitado para a Seccional Urbana de São Brás", afirmou.

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Segundo o delegado, caso as denúncias se confirmem, o jovem poderá responder por crime de ameaça à coletividade. "São várias turmas no colégio, muitos alunos se sentiram ameaçados. Mas é preciso apurar para constatar a veracidade da denúncia, até que ponto é verdade, se não foi uma brincadeira de mal gosto, se esse jovem também não é vítima de 'bullying' por parte dos outros alunos, ou se ele fez isso para se vingar, para ganhar popularidade no colégio, etc", detalhou.

O aluno acusado de ameaçar os colegas ainda será ouvido na Seccional de São Brás, que dará continuidade às investigações. Os professores, estudantes, a direção da escola, pais e responsáveis pelos estudantes envolvidos também serão intimidados a prestar depoimento nos próximos dias. "É uma situação em que a gente tem que ter muita cautela. Ele também pode ser vítima, então tem que tomar o cuidado para não crucificá-lo. Merece uma atenção especial porque um caso desses ganha repercussão, os alunos e pais ficam com medo", destacou. "A direção do colégio tem que tomar providências. De repente é só uma brincadeira, mas daí a se tornar uma verdade é apenas um passo", frisou.

ALERTA

O delegado deu ainda algumas orientações. "A primeira coisa é a família, que tem que observar o comportamento dos filhos, verificar se está tendo alguma coisa fora do padrão, acompanhar as relações que têm nas mídias sociais, se têm preferências por jogos de vídeo game de caráter violento ou se sofrem algum tipo de bullying que pode levar a esse tipo de comportamento. É fundamental que os pais acompanhem o desenvolvimento dos seus filhos na fase escolar. O colégio, sozinho, não consegue. A base da orientação, da educação, quem dá é a família. É importante que os pais de adolescentes vejam o que seus filhos estão fazendo, se há alguma mudança de comportamento, com quem andam se relacionando, se há perda de interesse pelos estudos... Os pais têm que observar e conversar com seus filhos", sugeriu o delegado.

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