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Varíola dos macacos: vírus monkeypox já foi confirmado em dois estados da região norte

No Pará, Sespa garante que ainda não há registros da doença. Infectologista alerta para a vigilância dos sintomas

Camila Guimarães
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A região Norte já tem dois casos de monkeypox, doença popularmente conhecida como varíola dos macacos. Um caso no Acre e outro no Tocantins foram confirmados na última segunda-feira (25), pelas respectivas Secretarias de Saúde. Com a proximidade do estado do Pará, a doença acende o alerta de especialistas e autoridades em saúde.

O médico infectologista Lourival Marsola, mestre em clínica das doenças tropicais, avalia que, enquanto o estado não tem nenhum caso confirmado de monkeypox e ainda não existe uma vacina disponível para ser administrada, a melhor forma de agir diante da aproximação do vírus é manter população e autoridades de saúde em estado de alerta ao primeiro sintoma suspeito.

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“O que a gente pode fazer, hoje, é ficar atento para o surgimento de pessoas com alguns sintomas suspeitos, principalmente se existir uma ligação epidemiológica desse indivíduo com outra pessoa que esteve viajando ou em contato com alguém com caso sugestivo de monkeypox”, afirma. 

O médico explica que, nessas situações, ações de contenção da doença logo nas suas primeiras manifestações podem ajudar a evitar o espalhamento do vírus: “qualquer caso suspeito deve procurar uma unidade de saúde para que se proceda às medidas de bloqueio, que é a quarentena do indivíduo, a coleta de material para exame diagnóstico e o monitoramento daqueles que tiveram contato com aquele indivíduo”, explica.

Comportamento do vírus ainda não é totalmente conhecido

O infectologista também informa que não existe um conhecimento consolidado sobre o comportamento do vírus monkeypox em regiões fora do seu ambiente de origem, a saber a África Central e Oeste Africano, uma vez que o vírus detectado em outros países, como na América do Norte, por exemplo, estavam relacionados a pessoas que viajaram para as regiões de origem da doença.

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Por essa razão, Lourival acredita que, além da vigilância, fazer a aquisição de vacinas contra o vírus seria uma medida importante. Ele lembra que, com relação à varíola humana, erradicada no mundo na década de 80, a vacinação foi fundamental.

“Acredito que é importante que o Brasil faça contatos com os laboratórios produtores da vacina para fazer essa aquisição, já que a população brasileira só foi vacinada contra a varíola humana, que não é a monkeypox, até os anos 1980. Depois disso, a vacina contra a varíola humana não foi mais aplicada, no entanto, ela tinha uma proteção considerada acima de 85% contra a monkeypox também. Pessoas que nasceram depois dos anos 80 não têm essa proteção”.

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Diante da proximidade dos casos confirmados nos estados vizinhos, a Secretaria de Estado de Saúde do Pará (Sespa) diz que tem atuado junto aos municípios, capacitando profissionais de vigilância em saúde para atualizar e monitorar os casos.

No Pará, ainda não tem casos confirmados de monkeypox, reafirma a Sespa, e informa também, em nota, que vem adotando medidas de prevenção e contenção da doença desde maio deste ano, por meio de comunicados de alerta de risco e notas técnicas de orientação. “Apesar de portos e aeroportos de fronteiras serem de responsabilidade federal, a Sespa também realiza ações para esses locais”.

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