Sesma realiza mutirões de combate à dengue nos bairros do Guamá e Cremação

A ação foi realizada na manhã desta sexta-feira (9)

Thaís Neves

A Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), realizou na manhã desta sexta-feira (9) mutirões de combate à proliferação do mosquito Aedes aegypti, nos bairros do Guamá e Cremação.

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De acordo com Alberto Rodrigues, chefe da Divisão de Combate as Endemias da Sesma, as ações estão sendo intensificadas desde o dia 11 de janeiro, devido a chegada do inverno amazônico. “Estamos fazendo os mutirões, a rotina segue normalmente de segunda a quinta-feira, na sexta nós selecionamos um determinado distrito para fazer um alcance maior de cobertura. A gente visita vários imóveis, levando educação e saúde, orientando a população sobre quais são os meios de se evitar o nascimento do mosquito. A melhor maneira é a prevenção”, explica.

image Alberto Rodrigues - Chefe da Divisão de Combate as Endemias (Foto: Ivan Duarte | O Liberal)

 

Ainda segundo ele, com a chegada das chuvas, a população é orientada a sempre estar atenta aos quintais, acondicionando o lixo corretamente, verificando para que não fique nenhuma água parada. Até mesmo uma tampa de refrigerante, pode servir de criadouro para o mosquito. “Caixa d’agua deve ser mantida sempre fechada, cisterna deve ser lava dia sim e dia não, vaso de planta deve sempre estar limpo, sempre com bucha ou esponja. Verificar geral para que não fique água acumulada”, diz o especialista.

image Agentes de Controle de Endemias realizando o trabalho no bairro do Guamá (Foto: Ivan Duarte | O Liberal)

O trabalho da Sesma está sendo realizado nos oito distritos de Belém, que incluem 72 bairros, com 75 agentes participando das ações.  O bairro do Guamá, está liderando o número de casos nestas primeiras semanas de 2024, até o momento 14 casos foram registrados pelo órgão. Alberto Rodrigues explica, que o objetivo das ações é localizar rapidamente as pessoas sintomáticas e os criadouros, para eliminar e impedir que mais pessoas contraiam a arbovirose.

Apesar de não ter contraído nenhuma doença através do mosquito Aedes aegypti, o aposentado José Martins da Costa, avalia as ações realizadas como excelente. “Nós estamos no mês do inverno, da chuva e o mosquito da dengue não procura local”, diz.

image José Martins da Costa - Aposentado (Foto: Ivan Duarte | O Liberal)

Para a professora de dança Suellem Araújo, a ação está sendo muito importante, pois no bairro existem muitas crianças que estão ficando doentes. “Tô achando bem legal pois foi a primeira vez que essa ação veio para nossa rua. Minha filha pegou dengue e ela também mora próximo ao canal”, conta.

image Suellem Araújo - Professora de dança (Foto: Ivan Duarte | O Liberal)

A sesma explica que  os bairros foram escolhidos entre os demais para receber essa grande mobilização, devido apresentarem alto Índice de Densidade de Ovos (IDO) do Aedes aegypti, responsável pelo contágio de doenças, como febre amarela, chikungunya e zika. 

Um fator muito importante durante a ação de combate ao mosquito, é a entrada dos agentes em terrenos baldios. Melina Souza, Agente de Controle de Edemias, explica que existem muitos destes terrenos na capital. “Quando tem acesso a gente ainda faz o trabalho, mas o pior de tudo é quando não tem, porque só entramos com a permissão e muitas vezes não temos e deixamos de fazer. Quando temos acesso, a gente faz, pra não chegar nenhuma notificação. O nosso trabalho é preventivo, depois que a pessoa adoece não temos mais o que fazer. Nem tudo tá ao nosso alcance, por isso pedimos muito a contribuição da população pra que a gente tenha uma efetividade no trabalho. Isso é um trabalho que nunca acaba, o tempo todo tem material no chão, tem algo que está acumulando água e se a população não contribuir, não colaborar, nosso trabalho vai ser em vão”, relata.

ação de combate à dengue

Todo esse trabalho é de grande importância, devido ao Pará está fora da lista de vacinação contra a dengue, anunciada pelo Ministério da Saúde no dia 25 de janeiro. As 17 unidades federativas escolhidas para a vacinação que acontece neste mês de fevereiro. A seleção, que não teve o Pará incluído, segue três critérios, conforme a pasta: são formadas por municípios de grande porte, ou seja, mais de 100 mil habitantes, com alta transmissão de dengue registrada em 2023 e 2024, e com maior predominância do sorotipo DENV-2. A imunização será aplicada nessas regiões endêmicas, em 521 municípios.

A vacina contra a dengue, não está disponível na rede pública de Belém, mas está sendo comercializada em clínicas particulares da capital. O valor de cada dose (são duas no total, aplicadas em um intervalo de três meses) custa mais de R$ 500. 

Recomendações para combater o mosquito:

• evitar água parada,
• tampar bem a caixa d’água e cisternas,
• estar sempre verificando para que não fique água acumulada nos baldes e quintais,
• acondicionar corretamente o lixo em saco plástico,
• estar atento às coletas de lixo domiciliar,
• receber para visita em sua residência o agente (ACE), que estará identificado com crachá da Secretaria Municipal de Saúde. 

A Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) informou que, no ano de 2022, foram registrados 4.620 casos e, em 2023, 4.485 casos de dengue no Pará. Já a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) informou, no dia 1º deste mês, que foram confirmados 34 casos de dengue em Belém em janeiro de 2024. No mesmo período do ano passado, houve a confirmação de quatro casos somente. Em todo o ano passado foram registrados 412 casos de dengue, e em 2022, foram confirmados 245 casos na capital paraense. A Sesma afirma que não há registros de mortes por dengue em Belém nos anos de 2022, 2023 e primeiro mês de 2024.

 

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