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Sem água há mais de um mês, comunidade de São Miguel do Guamá teme a covid-19

Moradores do nordeste paraense estão preocupados com a epidemia do coronavírus

Redação integrada de O Liberal
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Moradores da comunidade Barro Branco, em São Miguel do Guamá, em frente à cidade de São Domingos do Capim, no nordeste paraense, denunciam que estão sem água potável há mais de um mês. E a preocupação deles aumenta por causa do coronavírus, já que não têm como fazer corretamente a higiene pessoal. Famílias inteiras enfrentam a dificuldade. Em contato, por telefone, com a redação integrada de O Liberal, os moradores disseram que precisam caminhar dois quilômetros para buscar água no rio.

Muitos jovens fazem esse caminho de bicicleta, para levar água para quem tem dificuldades de locomoção. “Estamos sofrendo com tudo o que está que acontecendo”, disse Ana Claudia da Paixão Souza. “Temos que buscar água a mais de dois quilômetros de distância. Temos que pegar do rio, e essa água  já está fazendo mal pra saúde de muitas pessoas. Tá muito difícil a nossa situação”.

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Fora de casa


Segundo os moradores, mães deixam seus filhos pequenos em casa para ir até o rio, para lavar roupas e louças. “Tem muitos idosos de 70 e 80 anos que têm que sair de suas casas para ir tomar no rio. Eles ficam se misturando com as pessoas que chegam. Toda hora chega gente na travessia da balsa. E ainda tem esse tal de coronavírus, que está 'empestado’ no Brasil todo”, afirmou.

Os moradores dizem não ter apoio dos prefeitos dos dois municípios. Metade dos eleitores vota em São Miguel do Guamá e a outra metade, em São Domingos do Capim.

image Mães deixam filhos pequenos em casa para ir até o rio lavar roupas e louças (via redes sociais)

“A gente é abandonado nessa rampa [na travessia]. Dizem pra gente não sair de casa, mas a gente tem que sair porque precisa de água. Sem comida a gente ainda passa, mas quem vai passar um dia sem beber água?”, afirmou Ana Claudia.

Por telefone, a redação integrada de O Liberal conversou com outros moradores, que confirmaram essas informações e pedem providências urgentes à Prefeitura de São Miguel do Guamá. Por e-mail, a reportagem entrou em contato com a prefeitura de São Miguel do Guamá e ainda aguarda um posicionamento.

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Pará
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