Reunião discute registro de origem do pescado em Santarém

Na ocasião, foi apresentado o Plano de Controle Monitoramento dos Pescados Comercializados

Andria Almeida / O Liberal
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Foi realizada na manhã desta quarta-feira (28) uma reunião entre a Secretaria Municipal de Agricultura e Pesca (Semap), com Grupo de Trabalho que envolve vários órgãos com o objetivo de proteger a cadeia do pescado. Alguns representantes de sindicatos de pescadores também participaram do encontro que definiu os próximos passos sobre procedimentos que serão adotados nos mercados e feiras de vendas de peixes em Santarém, no oeste do Pará, para amenizar os impactos da grave crise enfrentada pelo setor pesqueiro.

Na ocasião, foi apresentado o Plano de Controle Monitoramento dos Pescados Comercializados em Santarém, a fim aumentar a segurança alimentar do pescado. Uma das etapas do plano prevê uma ficha de registro de origem do produto em estoque, bem como certificado de venda para monitoramento.

O Plano de Controle Monitoramento dos Pescados Comercializados em Santarém, atua em três linhas: a primeira é de conscientização para melhorar as práticas de manipulação e acondicionamento, através de capacitação dos pescadores. A Segunda busca garantir o monitoramento e controle sanitário, com análises dos pontos de venda, qualidade da água, do peixe, gelo utilizado, além de fazer análises periódicas do pescado. O programa preventivo vai abranger não só a síndrome de Haff, mas a segurança geral do pescado. 

 A terceira linha é o Programa de Registro e Controle da Origem do Pescado Comercializado em Santarém (PROCPS), que consiste numa ficha de origem do pescado, a fim de aumentar a segurança do pescado que chega à mesa do consumidor. O funcionamento será bem simples: será criado um banco de dados com a origem do pescado comercializado, e no ato da venda, o consumidor receberá um certificado do peixe que participa do programa, e portanto, tem uma segurança alimentar maior. A ficha de origem tem o objetivo de identificar o local de pesca para direcionar as medidas de correção e contenção, bem como pesquisas.

‘Esse certificado seria como um selo de garantia que o pescado participa de um programa de  segurança alimentar, que seria entregue no ato da venda. Isso deve tranquilizar a população com relação ao consumo’, concluiu o professor Roger Pozzer, representante do IFPA no GT.

O certificado deverá ser guardado pelo consumidor por de 24 até 48 horas, em caso dos restaurantes, por até seis meses a um ano, ainda está em definição. Em caso de sintomas após a compra do peixe com certificado, esse comprovante deverá ser apresentado no ato do atendimento médico para identificar as origens. Os peixes do programa terão maior segurança alimentar.

‘O consumidor está com medo. Estamos vivendo uma crise de confiança por parte da população. Fazer ações que garantam a segurança alimentar do pescado para aumentar a confiança do consumidor é o caminho para melhorar essa crise”, afirmou o professor Roger Pozzer.

De acordo com a chefe da vigilância sanitária, Hellen Silvestre, as fiscalizações continuam intensificadas. ‘Estamos trabalhando frente a prevenção e informação.  A respeito do acondicionamento, desde a pesca, o transporte até a venda do pescado. São seis casos suspeitos. Nenhum confirmado, até o momento”, enfatizou.

Segundo Manoel Pinheiro dos Santos, um dos diretores da colônia de pescadores Z-20. Na semana passada, cerca de 80% dos pescados foram descartados. ‘Os pescadores estão sobrevivendo com trabalho extras, eles estão se virando’, enfatizou.

Já nesta semana, Manoel acredita que as vendas deram um suspiro. 'Começou a melhorar um pouquinho, mas ainda distante do ideal, porém para quem chegou praticamente à estaca zero, está melhorando devagar. O público ainda está muito receoso.

 

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