Projeto ‘Cultura pela Paz’ já atendeu mais de 2 mil pessoas entre mulheres e crianças em Juruti

Na Associação Beneficente Emaús, o Projeto “Cultura pela Paz de Juruti”, que funciona no Centro de Convivência Madre Clélia, em Juruti, tem o apoio do Instituto Alcoa e Alcoa Foundation

Ândria Almeida
fonte

Na Associação Beneficente Emaús, o Projeto “Cultura pela Paz de Juruti”, que funciona no Centro de Convivência Madre Clélia, em Juruti, tem o apoio do Instituto Alcoa e Alcoa Foundation. A iniciativa leva para adolescentes e jovens oficinas artísticas, esportivas e de artesanato desde o ano de 2017. Cerca de 2 mil pessoas já passaram pelo projeto. Entre as atividades desenvolvidas estão aulas de música, violão, teclado, flauta doce, capoeira, dança, orientação social, esporte e lazer.

A associação também atende, desde 2019, mulheres em situação de vulnerabilidade social, através do projeto “Costurando Sonhos”, que já capacitou  mais de 80 mulheres, com oficinas de corte-costura básica e artesanato, em apoio a geração de renda para amenizar os problemas de exclusão social. A nova fase do projeto tem a expectativa de atender mais de 100 mulheres e inclui a temática do empreendedorismo.

“Por sermos uma instituição sem fins lucrativos, trabalhamos com apoio de colaboradores. Fazemos também captação de recursos de editais abertos os quais já buscamos outras parcerias além do Instituto Alcoa”, afirma Elizângela Albuquerque, gerente de projetos do Centro de Convivência Madre Clélia.

Atualmente, o projeto "Cultura pela Paz"  tem 250 crianças e adolescentes inscritas participando de segunda a quinta-feira nos períodos da manhã e tarde. As vagas para os projetos são abertas à comunidade, onde 50% é destinado para pessoas em situação de vulnerabilidade social. “Não cobramos valores em dinheiro, mas pedimos sempre a participação das famílias nos eventos para arrecadar dinheiro para a manutenção do projeto”.

Para a adolescente de 15 anos, Cauni Cristine, que é aluna desde 2015, as atividades são uma oportunidade de descobrir talentos, até então desconhecidos.
“Fazia aula de flauta, que eu gosto muito, mas esse ano mudei para a de dança. É muito bom o projeto porque você conhece as pessoas, descobrem outras culturas, aprendendo muitas coisas”, enfatizou.

image Aulas de flauta doce encantam a criançada (Ândria Almeida/ Arquivo/ O Liberal)

Apesar da pouca idade, a jovem revela que os cursos inicialmente funcionavam como uma válvula de escape para os problemas pessoais dela. Segundo a menina, é uma terapia necessária para vencer os obstáculos. “No caso de depressão, eu entrei aqui por isso, minha vida era muito complicada, depois que vim para cá melhorou muita coisa, o projeto tirou meu foco disso e me ajudou muito. Pretendo sair daqui só com 18 anos de idade”, revelou.

Alexia Farias, que participa do projeto há quase dois anos, viu nas aulas uma chance de fazer novos amigos. Ela participa da aula de teatro. “É muito bom para a gente que conhece muitas pessoas, aprende muitas coisas e é bem legal”, relatou.

O centro de convivência também atende as mães das crianças que participam da “Cultura pela Paz”. Elas são direcionadas para o projeto “Costurando Sonhos” que oferta cursos de corte e costura de forma gratuita. No momento, 40 mulheres compõem as turmas. O perfil das participantes são as que estão em situação de vulnerabilidade social.

A assistente social Garcia de Sousa explica que o projeto funciona em dois dias na semana. “Elas passam a frequentar o projeto por meio de escuta ativa ou busca espontânea. Esse é um atendimento que nós temos para dar capacitação, como forma de transformar a vida delas, despertando a autonomia e independência financeira”, destacou.

Ainda de acordo com a assistente social, cerca de 250 mulheres já passaram pelo projeto e tiveram a chance de reescrever a própria história. Carla de Freitas Figueiredo é uma das alunas, de acordo com ela, o sentimento de animação é grande, especialmente porque a mãe é costureira e considera uma inspiração.

image Existem aproximadamente 250 crianças e adolescentes inscritas participando de segunda a quinta-feira nos períodos da manhã e tarde (Ândria Almeida/ Arquivo/ O Liberal)

“É a primeira vez que faço um curso assim, é muito interessante, uma área nova na parte do artesanato, porque costurar e cortar são uma forma de artesanato. Minha mãe sempre que está no aperreio faz tapetes e outras coisas para vender que ajudam a família”, enfatizou.

O projeto é uma das iniciativas apoiadas pelo Instituto Alcoa e Alcoa Foundation no período de 2017 a 2021. No total, às instituições investiram mais de R$ 14 milhões em iniciativas socioambientais no município de Juruti. As iniciativas que receberam apoio tem foco na educação e geração de renda.

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Pará
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

RELACIONADAS EM PARÁ

MAIS LIDAS EM PARÁ