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Pará está entre os estados com alta nos casos de Covid-19, aponta Fiocruz

Doença aparece em boletim como principal responsável por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), chegando a quase 60% dos casos no país

Camila Azevedo / Especial para O Liberal
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O estado do Pará está entre as 20 unidades federativas que apresentam sinal de crescimento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causada pela Covid-19, conforme mostra  Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado na última quarta-feira (1). A análise tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe até 30 de maio.

O relatório aponta que, no Brasil, 60% dos registros de SRAG são de identificação viral nas quatro semanas passadas, mantendo uma tendência de aumento. Na última Semana Epidemiológica (SE), de 15 a 21 de maio, a Covid-19 representava 48% dos casos positivos, tornando as ocorrências de coronavírus predominante entre os casos de SRAG pela terceira SE consecutiva. Dos casos que evoluíram para óbito, mais de 91% tiveram teste confirmado para o vírus.

O boletim informa, ainda, que a manutenção do Vírus Sincicial Respiratório (VSR), seguido de Sars-CoV-2 (Covid-19), rinovírus e metapneumovírus tem sido predominante em crianças de 0 a 4 anos. Nas demais faixas etárias, o predomínio do coronavírus se mantém. 

"Os dados laboratoriais e por faixa etária mantém o alerta de que o cenário de crescimento atual é decorrente de aumento nos casos de Covid-19. No Rio Grande do Sul, em particular, tem se observado aumento também nos casos positivos para Influenza em diversas faixas etárias", destaca o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

Prevalência de casos 

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, o resultado positivo para vírus respiratórios foi de 4,0% para influenza A; 0,4%, influenza B; 25,1%, VSR; e 59,6%, Sars-CoV-2. Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 1,6% para Influenza A; 0%, influenza B; 4,1%, VSR; e 91,1%, Sars-CoV-2 (Covid-19). 

A atualização identifica que das 27 unidades federativas, 20 estão em alta. São elas: AC, AL, AM, AP, BA, CE, DF, GO, MG, MS, PA, PB, PR, RJ, RN, RO, RR, RS, SC e SP.

image Estados segurem tendência de crescimento de casos de Covid-19 (Divulgação / Friocruz)

Já nas capitais, 19 das 27 seguem a mesma tendência: Aracaju (SE), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Boa Vista (RR), plano piloto e arredores em Brasília (DF), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Manaus (AM), Natal (RN) Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP).

Sobre as macrorregiões de saúde, 22 estão em nível pré-epidêmico, 13 em nível epidêmico, 65 em nível alto, 18 em nível muito alto e nenhuma macrorregião de saúde em nível extremamente alto.

Casos de SRAG

Em nível nacional, o cenário atual aponta que os casos notificados de SRAG, independentemente de presença de febre, encontram-se com sinal forte de crescimento nas tendências de longo prazo (últimas seis semanas) e de curto prazo (últimas três semanas). Apenas oito unidades da Federação apresentam ao menos uma macrorregião de saúde com nível de casos semanais de SRAG considerado muito alto, somando um total de apenas 18 das 118 macrorregiões de saúde do país.

No ano epidemiológico 2022 já foram notificados 147.683 casos de SRAG, sendo 72.197 (48,9%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 53.782 (36,4%) negativos, e ao menos 13.916 (9,4%) aguardando resultado laboratorial. Dados de positividade para semanas recentes estão sujeitos a grandes alterações em atualizações seguintes por conta do fluxo de notificação de casos e inserção do resultado laboratorial associado. Dentre os casos positivos do ano corrente, 5,2% são influenza A; 0,1%, influenza B; 8,8%, VSR; e 83,2%, Sars-CoV-2 (Covid-19).

A Redação integrada do jornal O Liberal entrou em contato com a Secretaria de Saúde do Estado Pública (Sespa) para ter um posicionamento sobre o aumento de casos no Pará e aguarda retorno. 

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