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Março Azul: ONG Zoé realiza mutirão de atendimentos médicos de prevenção ao câncer no Pará

A previsão é que a expedição atenda cerca de 200 pacientes no Hospital Municipal de Belterra. Além da realização de colonoscopias, endoscopias digestivas altas, cirurgias proctológicas e cirurgias de hérnia.

Andria Almeida
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A ONG Zoé realiza a 5ª expedição de atendimento à saúde das populações ribeirinhas do rio Tapajós, em Belterra (PA). A ação ocorrerá do dia 5 a 12 de março, nesse período a equipe fará o rastreamento de câncer colorretal, alinhado ao ‘Março Azul’, mês de conscientização sobre esse tipo de doença oncológica. A previsão é que 200 pessoas passem por atendimento.

Durante o mutirão serão realizadas endoscopias e cirurgias. Esta iniciativa faz parte do propósito da Zoé de levar saúde a populações remotas da Amazônia e ainda conscientizar a população sobre o tema do Março Azul.

A equipe de atendimento é formada por 25 médicos voluntários de São Paulo. Esses profissionais irão realizar o exame de colonoscopias, que é feito com objetivo de identificar a doença e preveni-la. Além de endoscopia, será feita anestesia e cirurgia. Também participam acadêmicos de medicina e profissionais de enfermagem.

A previsão é que a 5ª expedição atenda cerca de 200 pacientes no Hospital Municipal de Belterra. Além de 60 colonoscopias, serão realizadas 100 endoscopias digestivas altas, 20 cirurgias proctológicas e 20 cirurgias de hérnia.

Dados sobre o câncer colorretal 

No Brasil, o câncer colorretal é o segundo tumor maligno em incidência na população feminina e masculina, excluindo o câncer de pele não melanoma, atrás apenas, respectivamente, dos cânceres de próstata e mama. São 41 mil novos casos previstos para 2022, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA).

Na região Norte do País, o Pará é o que apresenta maior incidência de câncer colorretal, com 560 novos casos previstos para este ano, número bem superior aos demais estados: Acre, 50 novos casos; Amapá, 20; Amazonas, 210; Rondônia, 130; Roraima, 30; Tocantins, 170.

Os números corroboram o cenário revelado pelo estudo de rastreamento de câncer colorretal liderado pelo médico cirurgião e colonoscopista Marcelo Averbach, um dos fundadores da Zoé, entre 2014 e 2017, antes da criação oficial da ONG.

Nesse período, foram submetidos ao rastreamento os moradores de Belterra, na faixa etária entre 50 e 70 anos.“O levantamento mostrou incidência elevada de câncer colorretal e de adenomas de alto grau que são lesões que antecedem o câncer”, diz o cirurgião

A atual expedição da Zoé dá continuidade a esse atendimento, com a reavaliação dos pacientes que participaram do estudo e tiveram o diagnóstico de pólipos avançados ou apresentaram sintomas. Depois da avaliação, pacientes que necessitarem de tratamento oncológico serão encaminhados para o Hospital Regional do Baixo Amazonas, em Santarém (PA).

Sobre a Zoé

A ONG nasceu após uma equipe de médicos que atuam no hospital Sírio-libanês participarem de um projeto de rastreamento de câncer do aparelho digestivo, chamado “Quem Procura Cura”, realizado entre 2014 e 2017 em comunidades remotas à beira do Rio Tapajós, região amazônica. Após essa experiência a equipe sentiu a necessidade de ir além e criou a ONG para proporcionar atendimentos para a população de Belterra, Santarém, Aveiro e a população ribeirinha. O nome da ONG foi inspirado em uma tribo indígena a qual a equipe realizou trabalho voluntário - Zoé significa “nós”.

A primeira expedição aconteceu em novembro de 2019 com foco no município de Belterra. A equipe levantou dados sobre a região e estreitou relacionamento com as autoridades. Na ocasião, foram realizadas 150 ultrassonografias em pessoas dos municípios de Belterra, Aveiro e parte de Santarém.

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