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‘Lá Vem Ela’: estudantes da Uepa desenvolvem jogo inspirado na chuva de Belém

O game é ambientado na avenida Nazaré, onde o avatar “paraense” precisa correr para não tomar um banho de chuva

Gabriel Pires
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O típico alerta “Corre, que lá vem ela!”, famosa frase que, logo após ser expressada pelo paraenses, é marcada por uma sequência de chuva intensa, se transformou no jogo digital "Lá Vem Ela", desenvolvido pelos alunos do curso de Design, da Universidade Estadual do Pará (Uepa), Davi Brito da Silva Lobo Gemaque e Rayara Lins da Silva Ribeiro. O jogo é ambientado na avenida Nazaré, onde o avatar “paraense” precisa correr para não ser pego pelo “toró”. A idealização do game foi conduzida sob a orientação da professora Brena Renata Maciel Nazaré. O produto desenvolvido pela dupla é resultado do trabalho de conclusão de curso. A versão de teste do game está disponível por meio das redes sociais de Davi. Até o momento, somente usuários do sistema operacional Android podem testar o aplicativo.

Além de se proteger da chuva, outro desafio do personagem para sobreviver é desviar de quedas de mangas, bueiros abertos e animais no meio da via. Apesar do percurso cheio de obstáculos, o jogador é desafiado a coletar moedas jogadas no chão. Esse dinheiro miúdo costuma ser popularmente chamado de “boró”, razão pelo qual o nome foi utilizado para identificar as recompensas que o jogador pode desbloquear. O “boró” pode ser coletado no decorrer das partidas para acumular pontos, por quantidade de percurso percorrido.

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Idealização

A ideia de criação do jogo veio após a dupla perceber que ainda são poucos os projetos de jogos que destacam os elementos culturais de regiões afastadas dos grandes pólos de produção de jogos eletrônicos. Assim, Davi e Rayara projetaram o jogo eletrônico em formato pixel art. Para desenvolver o game, a dupla realizou uma pesquisa com 115 pessoas que moram em Belém, que se deslocam a pé, de ônibus e ou de carro.

“Noventa pessoas afirmaram sofrer com as incidências de chuva em seu cotidiano, principalmente, em situações de ida a aula, ao trabalho e durante passeios. As vias em que os habitantes mais ‘pegaram chuva’ foram as avenidas Nazaré, Almirante Barroso, Augusto Montenegro e Doca (Visconde de Souza Franco)”, detalham os designers.

image Rayara Lins e Davi Brito são os designers que trabalharam no conceito e desenvolvimento do jogo. (Divulgação)

Público

Após a pesquisa, Davi e Rayara definiram como público homens e mulheres, com idade entre 20 e 24 anos, que jogam em média uma ou duas horas por dia. Eles utilizam o celular, de preferência, e optam por jogos dos gêneros de ação, aventura e estratégia. Os autores afirmam que “em sua maioria são estudantes universitários, cursando uma graduação em áreas relacionadas à comunicação ou tecnologia".

Recepção dos jogadores

Sobre a reação do público, Davi afirma que “houve um retorno em massa, principalmente no twitter”. “A gente obteve cerca de 33 mil visualizações do projeto. E as pessoas comentando e compartilhando se identificaram muito com a trilha sonora, inspirada nos bregas marcantes aqui da capital, com o cotidiano apresentado no jogo, onde as pessoas sofrem esse atrito com a chuva, as pessoas se identificaram. E também com os próprios personagens, em que tem um que veste como torcedor do Paysandu”, conta o jovem.

Rayara Lins Ribeiro explica que “após o feedback do público e de conversas com o autor do game Pega o Beco, nós vamos incluir o jogo em uma loja de aplicativo. Com isso a gente deve participar mais desse universo de desenvolvedores de jogos”. A designer em formação relata que “o maior trabalho foi o de animar objetos parados, fazer uma representação de tal forma que quando juntasse várias telas, os personagens e objetos tivessem aquela ideia de movimento”.

(Gabriel Pires, estagiário, sob a supervisão de Victor Furtado, coordenador do Núcleo de Atualidades)

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