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Entenda porque o trânsito de Belém fica caótico quando chove

Confira dicas para trafegar com segurança quando a chuva forte começa na Grande Belém e como evitar acidentes graves

Emanuele Corrêa / O Liberal

No Pará, começou o inverno Amazônico e, neste período chuvoso, os paraenses precisam redobrar a atenção no trânsito, não só os pedestres, mas, principalmente, os motoristas. Com as chuvas intensas e características do período, é comum ter trânsito mais lento devido às pistas molhadas e também a baixa visibilidade. Por isso, a gente resolveu tentar entender por que o trânsito de Belém fica caótico quando chove.

Uma expressão recorrente entre os paraenses é: "Tu és feito de tapioca?" ou outra versão que é a "Tua carteira é de tapioca?", começa a ser ouvida neste e nos próximos meses. Tudo isso porque, quando chove, é comum ouvir entre os próprios motoristas que alguém "desaprendeu" a dirigir na chuva.

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Para contribuir com um trânsito seguro, sem acidentes e com mais cautela neste período, José Brito Gouveia, diretor técnico do Departamento de Trânsito do Estado do Pará (Detran), e o especialista em trânsito Sérgio Maia trazem algumas análises sobre por que o trânsito na chuva de Belém é tão ruim e como ter ruas mais seguras quando começa a chover.

image Especialistas orientam motoristas a 'evitar andar colado' no veículo da frente. (Thiago Gomes / O Liberal)



Saiba como evitar acidentes de trânsito em períodos de chuva

1. Atenção com a pista molhada

Os cuidados com a pista molhada são necessários e o diretor técnico do Detran orienta a não exceder a velocidade e prestar atenção às condições da pista, mesmo que uma sinalização informe que é possível andar a 80 km/h, em caso de chuva, pista molhada e baixa visão, é importante reduzir.

2. Fazer a revisão do veículo

José afirma que é importante fazer uma revisão nos pneus, freios, lâmpadas, faróis, parabrisas, etc. porque os motoristas irão precisar com mais frequências desses dispositivos com maior intensidade ao trafegar na chuva com maior segurança.

3. Evitar andar "colado" com o veículo da frente

As orientações do Detran são referentes à direção defensiva. Gouveia orienta que o condutor de trás não esteja colado ao veículo da frente. Em caso de não ter visibilidade, é melhor parar no acostamento, por alguns minutos e depois seguir a viagem. Em caso de pista molhada, evitar frear bruscamente

4. Cuidado com a aquaplanagem

Aquaplanagem é a situação em que o pneu não consegue aderir ao piso, porque o pavimento tem uma lâmina de água, então, é como se o veículo "flutuasse". Quando isso acontece, o diretor técnico do Detran orienta ao condutor tirar o pé do acelerador e levar o veículo ao acostamento. Com o pé fora do acelerador, a tendência é parar. Também orienta a dirigir com a luz acesa. Maior cautela evita acidentes 

Confira as principais causas de acidentes de trânsito no período chuvoso e como driblar essas situações

1. Asfalto molhado + baixa visibilidade + uso de telefone

O asfalto molhado, baixa visibilidade do cenário, uso do celular na direção e o excesso de velocidade aumentam os riscos de sinistros de trânsito em Belém, é o que afirma Sérgio Maia, especialista em trânsito. Para se ter uma segurança ao dirigir, além de atentar para a pista, é importante não mexer no celular enquanto trafega.

2. Alagamentos

De acordo com Maia, os alagamentos em Belém são responsáveis por um trânsito mais lento e acidentes, então, além de evitar essas rotas, ele orienta a população a pensar a longo prazo, não jogar lixo nos canais e que também contribuem para os alagamentos, quando coincidem com as marés altas.

image Aqualanagem é uma das situações que causam acidentes neste período de chuvas (Cláudio Pinheiro / O Liberal)

3. Semáforos que não funcionam

O especialista pondera que o sistema utilizado no trânsito é ultrapassado, e que precisa de atualizações.  Na chuva, sempre há risco de semáforos ficarem com defeito por descargas elétricas.

4. Congestionamento

Sérgio relembra que segundo a Secretaria Nacional de Trânsito (SENATRAN), Belém é a capital que tem a maior frota a nível nacional, com a média de 22 veículos para cada 100 habitantes. E sugere um rodízio de placas de veículos, assim como já é uma realidade em São Paulo e outras cidades brasileiras.

5. Imperícia

O especialista em trânsito diz que um dos fatores que contribuem para o trânsito caótico em dias de chuva é que os motoristas que põem os carros e motos nas ruas não seguem as leis de trânsito. E faz uma crítica à formação das autoescolas: "nenhuma autoescola ensina a dirigir. Ela te 'adestra' como passar no exame prático que é colocar o veículo na baliza, controlar a direção, ligar a seta para intenções; colocar em prática normas gerais de circulação e a direção defensiva". Ele acredita que a principal forma de evitar acidentes neste período chuvoso é fazer uma direção defensiva e cursos específicos, caso necessário.

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