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Festival de cinema promove debates ambientais em Marabá

Este é um festival não-competitivo, que tem como objetivo socializar obras que tratem de questões sobre a Amazônia, além de promover um debate político-pedagógico sobre essas problemáticas.

Tay Marquioro
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A partir da próxima quarta-feira (12), a Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), em parceria com o Instituto Zé Cláudio e Maria (IZM), além de outros movimentos sociais da região, iniciam mais uma rodada de exibições e debates de filmes no 8º Festival Internacional Amazônida e Cinema de Fronteira (FIA Cinefront). Este é um festival não-competitivo, que tem como objetivo socializar obras que tratem de questões sobre a Amazônia, além de promover um debate político-pedagógico sobre essas problemáticas.

O professor Evandro Medeiros, um dos idealizadores do festival, lembra que o FIA Cinefront nasceu dentro da chamada Semana Camponesa, realizada pela Unifesspa no início dos anos 2000. “Nós sempre buscamos por filmes que retratem temas relacionados às questões indígenas, à luta dos povos originários por direitos, aos conflitos agrários, às consequências dos grandes empreendimentos instalados aqui desde os anos 60, usinas hidrelétricas, projetos de mineração, enfim... questões que permeiam o cotidiano de quem vive no sudeste do Pará”, conta o professor. “Até o período de realização do festival foi escolhido com um propósito. O mês de abril é emblemático, porque foi quando aconteceu o Massacre de Eldorado dos Carajás, em 1996. É um episódio triste e marcante, que não pode ser esquecido”.

Nesta edição do festival, títulos como “Amazônia, a nova Minamata?”, de Jorge Bodanzky, e “Pisar Suavemente sobre a Terra”, de Marcos Cólon, estão entre os títulos em cartaz. Este último, tem como temática a luta indígena pela preservação de sua cultura e seu território, ameaçado pela grande mineração.

“Os filmes serão exibidos na cidade, mas também irão para as escolas de zona rural e a Terra Indígena Mãe Maria. Porque isso é tudo o que as comunidades querem, o reconhecimento de suas lutas, o reconhecimento das suas pautas, seja no campo ambiental ou dos direitos humanos”, afirma Claudelice Santos, coordenadora do IZM. “Porque o que é mais comum a gente ver é uma produção robusta de conteúdo, seja acadêmico, audiovisual, mas sem um retorno às comunidades que estão retratadas ali. E isso é muito importante. Devolver à sociedade, devolver ao povo, aquilo que lhes é de direito”.

Programação

12/04, 16h – Abertura do FIA Cinefront, no Cine Marrocos (Marabá)

14/04, 18h30 – Sessão na Terra Indígena Mãe Maria (Bom Jesus do Tocantins)

14/04, 19h - Sessão na Curva do S (Eldorado dos Carajás)

19 a 27/04 – Sessões em escolas públicas

21/04 a 26/05 – Sessão em comunidades da zona rural de Marabá, São Domingos, Jacundá e Nova Ipixuna.

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