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Energia solar cresce no meio rural

O Pará se encontra em 13° lugar no ranking nacional dos estados que utilizam energia solar em todo o território brasileiro

Manoela Ferreira/Especial para O Liberal
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O agricultor Henrique Gusmão, morador da vila Deus é Fiel, na zona rural de Rondon do Pará, adquiriu há dois anos quatro placas de energia solar para sua propriedade. Como o serviço de energia elétrica comum não chega até a vila onde mora, surgiu a necessidade de buscar essa nova alternativa. A energia fotovoltaica é utilizada apenas em sua residência para uso comum. “É energia normal, não há nenhuma diferença entre ela e a energia elétrica. A única questão é que agora precisamos monitorar o processo de armazenamento dos painéis. Mesmo com a introdução da energia elétrica em nossa vila, não vamos deixar de usar a energia solar”, relata. Mas essa não é a realidade para a maioria dos pequenos agricultores da cidade. Não há incentivo ou políticas públicas para esta área como em outros estados. No Mato Grosso do Sul, por exemplo, o projeto Ilumina Pantanal busca auxiliar principalmente as comunidades ribeirinhas e produtores rurais.

De acordo com os dados divulgados em 2021 pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o Pará se encontra em 13° lugar no ranking nacional dos estados que utilizam energia solar em todo o território brasileiro. Segundo o proprietário de uma empresa que trabalha com a tecnologia de energia solar em Rondon do Pará, Fagner Rocha, ao adquirir os equipamentos necessários para o processo de produção, o usuário deixa de ser consumidor do serviço comum de energia elétrica, e torna-se produtor da própria energia. 

Ele explica que ao captar os raios solares e converter em energia, as placas não provocam qualquer consequência ambiental, além de serem acessíveis para pessoas de todas as rendas. “As parcelas podem substituir o valor mensal que o consumidor paga em energia elétrica. A grande diferença é que em algum momento a pessoa termina de pagar e se torna proprietária e geradora da sua própria energia. Os bancos também facilitam esse processo, pois oferecem até seis meses de carência e não pedem entrada”, explica.

 Rocha conta ainda que Rondon é a cidade do sul e sudeste do Pará com maior demanda e a maioria das instalações realizadas por sua empresa são residenciais, mas a energia solar pode ser dividida para lugares diferentes. “A procura por esse recurso cresceu por conta do aumento do preço da energia elétrica comum, os preços se tornaram abusivos, por isso as pessoas têm buscado novas alternativas”, comenta. No Brasil, desde 2012, a geração própria de energia solar no agronegócio atende mais de 43 mil usuários, com cerca de 679 megawatts instalados no campo. O segmento rural responde por 13,1% de toda a potência produzida. Mas, a tecnologia ainda é mais comum nas grandes propriedades. Para os pequenos produtores existe o Pronaf Eco, linha de financiamento do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, para agricultores e produtores rurais familiares que inclui o financiamento de energia sustentável.

 

(Manoela Ferreira, discente da turma 2019 do curso de jornalismo da Unifesspa, com orientação da profª Elaine Javorski, edição da profª Janine Bargas)

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