Em São Félix do Xingu, indígenas assistem o eclipse anular com telescópio da UFPA
O município está tendo a visão privilegiada do fenômeno completo.

Indígenas da Aldeia Tepdjáti, no município de São Félix do Xingu, no Sudeste Paraense, observam o eclipse anular, na tarde deste sábado (14), com a ajuda de um telescópio do Núcleo de Astronomia (Nastro), da Universidade Federal do Pará (UFPA). A cidade tem posição favorável para assistir à plenitude do fenômeno, conforme explica o professor Luís Carlos Crispino, coordenador-geral do Nastro. Em Belém, a visão do eclipse será parcial.
Uma equipe de pesquisadores da instituição foi enviada à São Félix do Xingu, sendo que parte da equipe está localizada na aldeia indígena e outra parte está na orla da cidade.
"Os eclipses do sol ocorrem quando há um alinhamento entre a terra, a lua e o sol, nessa ordem. Portanto, podem ocorrer durante a lua nova, como é o caso hoje. Dependendo das distâncias relativas entre estes três astros alinhados, os eclipses do sol podem ser parciais, totais, anulares ou híbridos. O eclipse de hoje é anular (ou anelar), quando, de alguns locais do planeta, é possível ver o que chamamos de 'anel de fogo', isto é, a lua fica em frente ao sol, mas a borda do sol ainda pode ser vista, como um anel luminoso", explica Crispino.
"No entanto, mesmo sendo um eclipse anular, em Belém este eclipse só poderá ser visto parcialmente porque na ocorrência de um eclipse anular, apenas em uma faixa estreita do planeta terra pode ser visto o anel de fogo. Hoje esta faixa passará por vários estados brasileiros das regiões Norte e Nordeste, incluindo o Pará, mas Belém não está nesta faixa do anel de fogo, embora esteja próxima dela. As cidades paraenses de São Félix do Xingu e Parauapebas estão nesta faixa onde o eclipse anular do Sol poderá ser visto em sua plenitude", detalhada.
Em São Félix do Xingu, a equipe da UFPA é coordenada pelo servidor Igor Coimbra, mestre em Engenharia Química e doutorando em Engenharia de Recursos Naturais da Amazônia. O trabalho é acompanhado pelo coordenador pedagógico do Departamento Escolar Indígena que atua na cidade, Rosinaldo Ribeiro.
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