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Em Marabá, desfile cívico-militar tem alunos de escolas públicas e indígenas Warao

Manifestantes pró-Bolsonaro esperaram o final do desfile para marchar em defesa do governo federal

Tay Marquioro
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O aniversário de 200 anos da Independência do Brasil foi celebrado em Marabá, no sudeste do Pará, com o retorno do tradicional desfile cívico-militar, que voltou às ruas após dois anos sem poder ser realizado, por conta da pandemia de covid-19. Embora, tivesse início previsto para as 7 horas da manhã, a programação começou, de fato, por volta das 8 horas, com a chegada do prefeito Sebastião Miranda Filho em um veículo oficial do Exército Brasileiro, acompanhado do General Maurício de Souza, comandante da 23ª Brigada de Infantaria de Selva.

A organização do evento tinha a expectativa de receber cerca de 15 mil pessoas na Avenida Antonio Maia, na Marabá Pioneira, que ficou muito movimentada durante toda a manhã. A primeira parte do desfile foi feita pelas escolas públicas municipais, serviços de assistência social, projetos de esporte e culturais da cidade. A dona de casa Ruth Nunes era uma das mais animadas meio à multidão. Ela esteve no desfile para ver o filho Emanoel, de apenas 4 anos, marchar pela primeira vez. “Todo ano, eu venho, mas hoje é por um motivo especial. Ele veio com o grupo da escola e meu coração está transbordando de alegria”, conta emocionada.

Entre os grupos que desfilaram, as mensagens eram diversas. Camisas e faixas com pedidos por inclusão, fim do bullying nas escolas e preservação ambiental, por exemplo, estiveram presentes durante toda a caminhada. Em um dos momentos mais emblemáticos, indígenas venezuelanos da etnia Warao forma aplaudidos ao desfilar representando a população atendida pelo Centro de Apoio Pedagógico e Linguístico para Não Falantes de Português.

Hilary dos Santos, 18 anos, é bolsista da Fundação Casa da Cultura da Marabá. No desfile cívico-militar, ela acompanhou a banda da instituição tocando trombone e se apresentou pela segunda vez no evento. “Eu já tinha vindo em 2019, também com a banda. Hoje, eu gostei bastante da nossa apresentação, mas eu ainda acho difícil tocar e marchar ao mesmo tempo”, brinca a estudante do 3º ano do ensino médio.

Entre forças de segurança, homens de vários batalhões e grupamentos do Exército Brasileiro marcharam apresentando armas e veículos ao público. As polícias Rodoviária Federal, Militar, Corpo de Bombeiros Militar e Civil também foram representados no evento. Forças auxiliares, como Guarda Municipal, Segurança Patrimonial e Departamento Municipal de Trânsito foram as últimas a desfilar.

O término da programação oficial ocorreu às 11h30, mas mesmo após o cerimonial anunciar o encerramento do desfile, um grupo de pessoas usando roupas nas cores verde e amarelo marchou logo após a última instituição de segurança a cruzar a avenida. Com um carro-som reproduzindo o Hino Nacional Brasileiro, homens e mulheres bradavam palavras de ordem, em apoio ao presidente Jair Messias Bolsonaro, candidato à reeleição pelo Partido Liberal (PL). Vários participantes usavam camisas com menção ao “Movimento Brasil Verde e Amarelo” e, por meio de faixas, manifestavam apoio ao agronegócio, ao direito de porte de arma e contra o aborto.

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