Em Castanhal mulheres atendidas pela Patrulha Maria da Penha recebem qualificação profissional

São cursos nas áreas da beleza, estética e alimentos, informática, mecânica e refrigeração ofertados pelo Sesi, Sesc e Secretaria Municipal de Indústria e Comércio

Patrícia Baía
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Já são nove meses que a Patrulha Maria da Penha foi implantada em Castanhal, e vem desenvolvendo um trabalho dedicado às mulheres vítimas de violência. A Patrulha surgiu a partir da inciativa da Procuradoria Especial da Mulher na Câmara de Vereadores, em maio de 2022, quando foi oficializado o termo de cooperação técnica entre a Prefeitura de Castanhal e o TJE.

A Patrulha fiscaliza o cumprimento das medidas protetivas deferidas por juízes e juízas das Varas de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, especialmente nas situações cuja fiscalização é considerada indispensável. A seleção das mulheres vítimas que são monitoradas é feita pela equipe multidisciplinar das Varas.

A rede de atendimento da Patrulha Maria da Penha no município é formada pela Guarda Municipal, Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) e Centros de Atenção Psicossocial (Caps).

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Atualmente são cerca de cem mulheres, com idade entre 22 a 45 anos, com proteção 24 horas, sete dias por semana, em Castanhal. Trinta delas foram inseridas no projeto de qualificação profissional que começou a ser desenvolvido no final do mês de abril, com vários parceiros e entidades de apoio como explica o coordenador do Grupamento Patrulha Maria da Penha, o guarda municipal Evandro Borges.

“A coordenação da Patrulha Maria da Penha com apoio da Corregedoria da Guarda Civil Municipal, fechou parceria com SENAC, no intuito de capacitar as vítimas de violência doméstica para o mercado de trabalho. Temos também o apoio do Senai, Sesc e da Semics- Secretaria Municipal de Indústria e Comércio”, disse.

 A ideia de qualificação as mulheres atendidas pela Patrulha se deu após o levantamento feito nas vistas de acompanhamento, onde os guardas municipais perceberam a necessidade delas conseguirem prover os seu próprio sustento desvinculando a dependência financeira do agressor.

“Com isso quebra um elo de violência relacionado à dependência financeira. São mulheres que por muitos motivos não conseguiram uma qualificação profissional e com isso ficam mais vulneráveis a incidência de violência financeira. Essas mulheres são em sua maioria de baixa renda e com filhos o que torna mais difícil a retirada dela do convívio com o agressor”, explicou o coordenador.

Os cursos de qualificação na área da beleza, estética e alimentos são ofertados pelo Sesc, os de informática, mecânica e refrigeração são de responsabilidade do Senai. A Semics irá direcionar as mulheres ao mercado de trabalho por meio das empresas conveniadas com a secretaria.

A secretária Ester Pulqueira explica que a Semics irá também ajudar na elaboração dos currículos e orientar como a mulher assistida pelo projeto deverá se portar nas entrevistas de emprego. “Nós vamos ajudar em todas as fases até chegar o dia da entrevista. Vamos encaminhar as empresas de Castanhal que são nossas parceiras, além de também ofertar alguns cursos como de confeitaria, preparo de licor, bombons e muitas outras oportunidades. Desta forma essas mulheres não irão mais precisar voltar para os seis agressores por falta de opção e renda. Esta parceria é grandiosa para nós e se pelo duas ou três não voltarem para seus agressores a gente já se sente vitorioso”, concluiu a titular da Semics.

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