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Cedenpa realiza encontro de mulheres negras no Centur, em Belém

O evento inclui plenárias, exibição de curtas, shows, mostras artísticas e feiras; a programação é aberta ao público

O Liberal
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O Centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará (Cedenpa), entidade pioneira na luta por igualdade racial no estado há mais de 4 décadas, realiza, a partir desta quarta-feira (24), o Encontro de Mulheres Negras do Pará, que ocorre no Centur, em Belém, até o próximo domingo (28). O evento inclui plenárias, exibição de curtas, shows e mostras artísticas, além de feiras com empreendedoras dos segmentos de moda, artesanato, agricultura e gastronomia. A programação é aberta ao público.

Sob o tema “Sabença de mulheres negras, ampliando teias e afeto na Amazônia”, a programação marca a Semana da África 2023 e tem como objetivo discutir as lutas enfrentadas pelas mulheres negras, especialmente no contexto amazônico, como enfrentamento ao racismo, retiradas de direitos e diversas formas de opressão sofridas por esse segmento. As mulheres negras são os principais alvos de feminicídio no país, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Estimativas do Atlas da Violência apontam que dois terços das vítimas de violência obstétrica são mulheres negras. Além disso, são elas que recebem os menores salários, como mostra um levantamento realizado pela iO Diversidade e Instituto Locomotiva.

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O Cedenpa é uma entidade que desenvolve atividades em defesa dos direitos da população negra no Pará, com sede no bairro da Cremação, em Belém. Criada em agosto de 1980, a organização tem entre suas fundadoras a professora da Universidade Federal do Pará (UFPA), Zélia Amador de Deus, e a engenheira agrônoma e idealizadora da Marcha de Mulheres Negras, Nilma Bentes, consideradas símbolos do movimento negro paraense. Entre as célebres mobilizações do centro, destaca-se a luta que culminou na implantação do sistema de cotas étnico-raciais na UFPA, reivindicação histórica do movimento.

Programação

A programação inicia na quarta-feira (24), com o Curso de Formação de Agentes de Negritude e oficinas onde serão debatidos temas como empreendedorismo, memórias e acervos e a Feira Zungueira. A partir das 18h, ocorrerá a programação cultural com o Projeto NegritArt, Benção das Yabás e Tambores da Onça, da Ilha de Cotijuba.

Na manhã do dia 25, a partir das 8h, ocorrerão os encontros temáticos dos segmentos de mulheres negras. Às 16h, terá a solenidade de abertura e conferência com o tema do encontro “Sabença de mulheres negras, ampliando teias e afeto na Amazônia”. O show da Banda Afro Axé Dudu inicia às 18h e terá como convidado o projeto Amor e Samba.

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Na programação do terceiro dia (26), terão plenárias temáticas sobre assuntos como economia, política, educação, saúde, soberania alimentar e território e mudanças climáticas. As discussões contam com a presença virtual da jornalista Flávia Oliveira e da fundadora do Odara — Instituto da Mulher Negra, Valdecir do Nascimento. A programação encerra às 18h, com show do Bloco Afro Axé Dudu, com participação de Joyce Cursino e Mc Super Shok.

Na manhã do dia 27, haverá a plenária geral do encontro, momento fundamental para a organização do movimento de mulheres negras. Ao final do evento, a partir das 14h, o evento terá programação cultural, com apresentação do Sarau das Pretas, intervenções artísticas de Pérola e Elzas de Ananindeua, show da Banda Fogoyó e da Associação Cultural e Esportiva de Negros, Negras e Afrodescendentes da Amazônia (Acena).

Ao final da Feira Zungueira, no domingo (28), haverá ainda feijoada e roda de samba. Também participaram da programação sambistas paraenses e o coletivo Tem Mulher na Roda de Samba.

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