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UFPA terá curso de bacharelado em Inteligência Artificial a partir de 2026; saiba os detalhes!

Um dos diferenciais do curso será a exigência de ações extensionistas obrigatórias

O Liberal

A Universidade Federal do Pará (UFPA) aprovou, por unanimidade, a criação do curso de Bacharelado em Inteligência Artificial. A decisão foi tomada nesta segunda-feira (4) durante reunião do Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe). O curso, que terá foco na inovação e nos desafios da Amazônia, será ofertado no Campus Belém, com previsão de início em 2026. A primeira turma contará com 30 vagas, em regime presencial e turno integral. A carga horária total será de 3.200 horas.

A proposta é fruto de uma demanda estratégica encaminhada pelo reitor da UFPA, Gilmar Pereira da Silva, à Faculdade de Computação do Instituto de Ciências Exatas e Naturais (ICEN) e à Superintendência de Inovação e Desenvolvimento (SInD).

“A criação deste curso é uma conquista para a Universidade e para a Amazônia. Inteligência Artificial é um dos grandes temas do presente e do futuro, e precisamos de formação crítica e conectada com as realidades do nosso território. Nossa intenção é fazer da UFPA uma referência regional na formação de profissionais e pesquisadores capazes de usar a IA para resolver desafios locais, sempre com compromisso ético e social”, destaca o reitor Gilmar Pereira, durante a sessão que aprovou o novo curso.

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O Projeto Pedagógico do Curso (PPC) foi construído por docentes especialistas da área de Inteligência Artificial, com base em referências nacionais e internacionais em Inteligência Artificial, como o curso da Universidade Federal de Goiás (UFG). O currículo abrange os fundamentos teórico-conceituais da IA e suas subáreas — como Aprendizado de Máquina, Processamento de Linguagem Natural, Visão Computacional, Otimização, Cibersegurança, Internet das coisas e outras — e articula esses conhecimentos à prática por meio de projetos interdisciplinares e ações voltadas para a sociedade.

“A construção do Projeto Pedagógico foi feita a muitas mãos. Nós contamos com um corpo docente especializado em IA, da Faculdade de Computação da UFPA, que nos forneceu todo o apoio necessário para a elaboração da grade curricular do curso, e contamos também com o apoio pedagógico da Pró-reitoria de Ensino de Graduação (Proeg), que aperfeiçoou o Projeto Pedagógico do Curso com um olhar mais acolhedor para os estudantes da nossa região”, ressalta Reginaldo Cordeiro dos Santos Filho, vice-diretor da Faculdade de Computação e um dos professores responsáveis pelo processo de criação da graduação.

Assim, o nosso curso de Inteligência Artificial conta com atividades curriculares atualizadas, acompanhando as demandas mais crescentes do mercado de trabalho. É um curso que vai, efetivamente, preparar os nossos estudantes para se tornarem profissionais de excelência no assunto”, complementa o vice-diretor.

Diferenciais

Um dos diferenciais do curso será a exigência de ações extensionistas obrigatórias, como o Letramento em Inteligência Artificial, voltado à oferta de cursos para a população em geral; os Hackathons em IA, voltados à criação de soluções inovadoras por meio de maratonas de programação; e a Fábrica de Software de IA, um espaço no qual estudantes desenvolverão projetos práticos em parceria com empresas, instituições públicas e organizações sociais.

“A Inteligência Artificial hoje está na fronteira do desenvolvimento e da inovação tecnológica no mundo, com consequências em todas as áreas de estudo e produção. Não existe uma área em que não seja possível o uso da Inteligência Artificial. Então, a criação do curso ressoa no coração da inovação da Universidade. Com isso, a gente abre uma nova fronteira de aplicação para o conhecimento desenvolvido na UFPA, em todas as linhas do mercado, que terá um papel fundamental, especialmente na Amazônia, onde temos grandes desafios. A expectativa é que o curso de Bacharelado em Inteligência Artificial aumente, significativamente, a produção de inovação e a demanda por inovação de diferentes setores da sociedade”, defende o superintendente da Superintendência de Inovação e Desenvolvimento da UFPA (SInD/UFPA), Filipe Saraiva.