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Santa Casa do Pará alerta grávidas sobre os riscos no período de veraneio

Calor em excesso, falta de hidratação e consumir alimentos contaminados pode ser fator decisivo para os riscos na gravidez

O Liberal

A Santa Casa faz um alerta para gestantes sobre as bactérias, vírus e fungos que podem ser ingeridos junto com alimentos vendidos em praias e balneários nesta época do ano. Essas substâncias - em contato com o organismo - podem provocar infecção urinária, com resultado imprevisível, inclusive de aborto, sobretudo nos casos de médio e alto riscos, como mães hipertensas ou obesas. O uso de máscara como prevenção da covid-19 também é fundamental.

Além disso, no verão amazônico é necessário a atenção à ingestão adequada de água para evitar desidratação, visto que a temperatura chega a atingir 40 graus. A indicação é que as grávidas consumam por volta de dois litros e meio de água. Porém, neste período de calor intenso, esse número pode dobrar, com necessidade de quatro litros ou até mais. Isso depende de circunstâncias de cada pessoa, como nível de atividade física e contato com o sol.

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“Na gestação existem duas situações importantes quando não se atinge a quantidade hídrica adequada: infecção urinária e, ainda, problemas intestinais, como constipação. A água previne isso. Não é que, sem essa quantidade mínima, a mulher deixe de urinar, porque, no processo natural da gravidez, existe uma maior frequência urinária mesmo, só que, sem a ingestão hídrica ideal, essa urina acaba muito concentrada”, explica a nutricionista Deborah Kathleenn Costa, especialista em pré-natal de alto risco do Ambulatório da Mulher da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMP). 

No período de veraneio, as viagens se tornam comuns e algumas pessoas não se preocupam quanto à alimentação, consumindo o que é ofertado no local: industrializados, produtos com higienização duvidosa e receitas com demasiados sal, açúcar e gordura. 

Grávida pela sétima vez, a artesã Débora Fontenele - de 42 anos - está no final da gestação. Foi diagnosticada com diabetes gestacional e iniciou o acompanhamento pela Santa Casa. “Comecei o tratamento nutricional na instituição e desde então controlo a diabetes. Mudei minha alimentação; incluí mais legumes, verduras e frutas. Hoje me sinto segura e confiante para dar à luz”, conta a artesã.

A gestante foi orientada, nesta época do ano, a ter uma alimentação mais leve e ingerir a quantidade necessária de água para não correr o risco de desidratação. “Temos uma preocupação com a organização da dieta. Sugiro que gestantes, em principal as de risco, planejem-se, ou com marmitas, ou com garantia de acesso a locais com segurança alimentar, para que não passem muitas horas sem se alimentar e façam associações saudáveis de alimentos e para evitar contaminação”, indica a nutricionista.

(Bruna Ribeiro, estagiária, sob supervisão de Victor Furtado - Coordenador do núcleo atualidades)