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Guia de viagem do Marajó: como chegar, onde ficar e o que fazer em Salvaterra

Descubra como ir para Salvaterra, onde se hospedar, experiências e como aproveitar ao máximo a cultura, a natureza e a gastronomia do Marajó

Riulen Ropan

Se você busca um destino que mistura tradição, fé, resistência e festa, Salvaterra, na Ilha do Marajó, é uma escolha certeira. Conhecida por suas fortes raízes quilombolas e pelas manifestações culturais embaladas pelo ritmo contagiante do carimbó, a cidade é um verdadeiro convite à celebração da história e da alegria amazônica.

Salvaterra carrega em seu solo as marcas dos povos indígenas Sacacas e Aruans, além da herança dos jesuítas, visível em monumentos históricos, como as ruínas da antiga igreja de Joanes.

Banhada pela Baía do Marajó e pelo Rio Paracauari, a cidade oferece uma paisagem rica e diversa: campos naturais inundáveis, manguezais, igarapés, rebanhos de búfalos, produção agrícola familiar e festas folclóricas que aquecem o coração. No paladar, o destaque vai para o famoso abacaxi de Salvaterra, considerado o mais doce do Brasil.

Com clima tropical quente e úmido, suavizado pelos ventos da baía, Salvaterra é o lugar ideal para quem quer relaxar, se reconectar com a natureza e saborear o melhor da culinária regional, com pratos à base de peixes, caranguejos e outras delícias da Amazônia.

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Turismo em alta: como Salvaterra se prepara para receber os visitantes

Durante a alta temporada, especialmente nas férias escolares, o setor de turismo local se articula para oferecer uma experiência acolhedora e estruturada. Segundo Ettiene Angelim, presidente do Conselho Municipal de Turismo, a área turística Salvaterra "se prepara estreitando relações entre hospedagens, transporte, alimentação, atrativos e guias locais, garantindo que os serviços se complementem”.

Essa integração permite ao visitante ter acesso facilitado às experiências oferecidas no município, com mais segurança e fluidez no deslocamento entre os atrativos. A profissionalização dos condutores locais também tem se intensificado, fortalecendo o turismo de base comunitária e impulsionando a economia local.

“O turismo tem gerado emprego e renda em diversos setores: desde hospedagem e gastronomia, até guias de turismo, artesanato e o movimentado o comércio local, como mercados, lojas de material de construção e outros serviços”, completa a presidente.

Experiências imperdíveis em Salvaterra

As praias e os igarapés continuam sendo os grandes destaques, mas há uma crescente procura por vivências culturais e de conexão com as comunidades locais. Entre as experiências mais procuradas pelos visitantes estão:

  • Visitas às 18 comunidades quilombolas da região;
  • Imersão nos vilarejos históricos de Joanes e Monsarás;
  • Contato com a herança dos povos indígenas marajoaras;
  • Gastronomia regional;
  • Roda de carimbó e festas populares;
  • Passeios de canoa por igarapés e manguezais, explorando paisagens naturais únicas;
  • Passeios de búfalo;
  • Diversão no Marajó Aqua Park.

“Destacam-se também experiências autênticas como visitas às casas de farinha, trilhas ecológicas, turismo náutico e o convívio com o modo de vida das comunidades ribeirinhas”, explica a representante do Conselho de Turismo.

Como chegar a Salvaterra

De lancha rápida

A maneira mais ágil de chegar é embarcando no Terminal Hidroviário de Belém, com destino ao Porto Camará, em Salvaterra, ou ao terminal de Soure, de onde se faz a travessia em pequenas embarcações 24h por dia. Do porto até o centro da cidade, o deslocamento pode ser feito por van ou táxi.

Horários – Belém ⇄ Camará

Segunda a sábado: saídas regulares

Domingos e feriados: horários reduzidos

  • Belém > Camará: 13h
  • Camará > Belém: 6h15

Dica: A travessia leva cerca de 2h20. Nos meses de setembro a dezembro, o mar pode ficar mais agitado — é recomendado o uso de remédios para enjoo.

De carro (balsa)

Para quem deseja levar o próprio veículo, a travessia é feita a partir do Porto de Icoaraci, em Belém, até o Porto Camará, em Salvaterra.

Horários – Icoaraci ⇄ Camará

Segunda a sábado

  • Belém > Camará: 7h
  • Camará > Belém: 14h30

Domingos e feriados

  • Belém > Camará: 8h
  • Camará > Belém: 14h30

Importante: Os horários podem variar conforme as marés e as condições climáticas. Verifique com antecedência.

Praias e igarapés de Salvaterra

Salvaterra é cercada por uma diversidade de praias fluviais e igarapés de águas claras, que oferecem cenários paradisíacos e propícios ao ecoturismo.

Praias

Praia Grande de Salvaterra: Estrutura completa, maré calma e ampla faixa de areia

Praia do Trampolim: Tranquila, com bar e restaurante à beira-rio

Praia de Joanes: Visual rústico e ideal para quem busca sossego

Praia de Água Boa: Um dos refúgios naturais mais bonitos da região

Igarapés

  • Caraparú – Bastante procurado por famílias
  • Passagem Grande – Ótimo para fotos e relaxamento
  • Igarapé do Limão – Reservado e cercado por vegetação nativa
  • Água Boa – Um dos mais límpidos da região

Onde se hospedar

A cidade conta com uma grande variedade de pousadas, desde opções econômicas até hospedagens com estrutura completa. Recentemente, a oferta de hospedagens no modelo cama e café triplicou, segundo o Conselho de Turismo. Confira algumas das opções disponíveis:

Como se locomover

Salvaterra pode ser explorada a pé, de bicicleta, mototáxi, táxi ou carro. Há também empresas de transporte turístico e guias credenciados, que proporcionam uma visita mais informativa e segura.

A presidente do Conselho destaca: “A principal dica é procurar os guias de turismo locais, que oferecem experiências genuínas. Recomendamos sempre os serviços cadastrados no Cadastur [do Ministério do Turismo]”.

Guia Digital e estrutura turística

Uma das grandes conquistas recentes foi o lançamento do Guia Turístico Digital de Salvaterra, disponível para download no site da prefeitura. O material tem facilitado o acesso às informações sobre atrativos, serviços e contatos úteis.

Além disso, o município comemora a reativação do Conselho Municipal de Turismo, que tem atuado de forma ativa na promoção e organização do setor. “Houve um aumento de mais de 200% nos cadastros junto ao Ministério do Turismo”, revela a presidente.

(Riulen Ropan, estagiário de Jornalismo, sob supervisão de Heloá Canali, editora executiva de Oliberal.com)