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Vencedora do Prêmio Nobel da Paz, Suu Kyi é condenada a prisão com trabalho forçado; entenda

Os militares tomaram o poder em Mianmar em fevereiro de 2021. Suu Kyi é uma das principais líderes da oposição

O Liberal
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Enfrentando os tribunais há mais de um ano por várias acusações, desde corrupção a vazamentos de segredos oficiais, a ex-líder deposta de Mianmar Aung San Suu Kyi sofreu mais uma condenação nesta sexta-feira (02), dessa vez por fraude eleitoral. A decisão impôs uma pena de três anos de prisão com trabalho forçado, segundo uma fonte familiarizada com o processo. As informações são do Portal UOL.

Suu Kyi foi julgada por ter cometido fraude em uma eleição geral de novembro de 2020 que sua Liga Nacional para a Democracia (NLD) venceu com uma esmagadora maioria legislativa, derrotando um partido criado pelos poderosos militares. Esta foi a primeira vez que trabalho forçado foi aplicado à sentença de Suu Kyi, segundo uma fonte que não quis se identificar porque não estava autorizada a falar com a mídia, e não está claro o que isso implicará.

Uma autoridade da Associação de Assistência a Presos Políticos, grupo ativista que rastreia detenções, acredita que presos políticos conhecidos como Suu Kyi não serão submetidos a trabalho forçado, até porque isso significaria confraternizar com outros presos.

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De acordo com relato de ex-detentos à Reuters, são duras as condições em algumas prisões do país. Nos últimos anos, também houve relatos na mídia de algemas e trabalho forçado em pedreiras ocorrendo em algumas instalações.

Somando todas as acusações já feitas contra Suu Kyi, as sentenças máximas combinadas são de mais de 190 anos. Os julgamentos estão sendo realizados a portas fechadas na capital, e as declarações da junta sobre o processo têm sido limitadas. Uma ordem de silêncio foi imposta aos advogados dela. A ex-líder está desde julho em confinamento solitário em uma prisão na capital.

Aung San Suu Kyi é vencedora do Prêmio Nobel da Paz e líder da oposição de Mianmar por décadas de regime militar. Foi detida após  um golpe no início do ano passado e suas condenações já somam mais de 17 anos de prisão. Ela nega todas as acusações contra ela.

Os militares tomaram o poder em fevereiro de 2021 para impedir o NLD de Suu Kyi de formar um novo governo após a eleição que, segundo eles, teve casos de fraude que não foram devidamente investigados. O NLD negou fraude e disse que ganhou de forma justa.

 

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