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Toyota e Volkswagen seguem outras empresas e suspendem fabricação de carros na Rússia

Fabricantes anunciaram nesta quinta (3) a parada de sua produção no país, em resposta à invasão da Ucrânia

Lázaro Magalhães
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As fabricantes Toyota e Volkswagen anunciaram nesta quinta (3) a suspensão das suas atividades de produção de automóveos na Rússia. Os representantes dos dois maiores grupos automotivos do mundo dizem que a medida se deve às repercussões da guerra gerada pela invasão da Rússia ao território da Ucrânia. 

A empresa japonesa Toyota avisou que vai parar a produção na sexta-feira (4). A fabricante também disse que a medida segue, "até novo aviso" e que a decisão também se aplica às suas importações, com "interrupções na cadeia de suprimentos" envolvendo o conflito da Ucrânia com a Rússia.

Já a alemã Volkswagen anunciou que vai parar as exportações para a Rússia imediatamente. As entregas aos revendedores já foram interrompidas, confirmou um porta-voz da fabricante. Apenas em 2020, essas exportações foram de 220 mil unidades - o que representou 2,4% das suas vendas.

Quatro mil desempregados na Volks russa


A Volkswagen também disse que fechará, "até novo aviso", instalações em Kaluga e Nizhny Novgorod, onde estão empregagas mais de quatro mil trabalhadores. Essas pessoas ficarão em situação de desemprego. A fabricante confirmou ainda que precisou interromper a produção em vários locais na Alemanha por causa da falta de suprimentos de fornecedores da Ucrânia.

No ano passado, as instalações da Toyota em São Petersburgo produziram 80 mil veículos. A fabricante japonesa emprega 2.600 trabalhadores e atente principalmente o mercado local, confirmou o porta-voz da Toyota. Na Rússia, as vendas são marginais, avalia a empresa. 

As interrupções na cadeia de fornecimento citadas recentemente pela Toyota têm ligação direta com a invasão da Ucrânia pela Rússia - e também com as sanções internacionais impostas a Moscou por causa do conflito. Segundo a fabricante, as outras operações de produção e vendas no restante da Europa não foram afetadas.

Ainda terça e na quarta-feira os fabricantes BMW e Mercedes-Benz já haviam anunciado a parada das exportações e da produção local. O mesmo aconteceu com a maior fabricante de caminhões do mundo, a Daimler Truck, que suspendeu sua colaboração com a montadora russa Kamaz - empresa que também é fornecedora do exército russo.

Outras empresas japonesas também suspenderam ou reduziram operações na Rússia: a Mazda disse que deixará de enviar peças para a fábrica russa de Vladivostok. Ela atua com a empresa russa Sollers. Em 2021, a Mazda vendeu 29 mil veículos na Rússia em joint venture com a Sollers.

Por sua vez, a Honda exportou só três mil carros e motocicletas para a Rússia no ano passado. A empresa não tem fábricas em território russo. Já a fábrica da Nissan em São Petersburgo produziu 45 mil veículos em 2021. A empresa disse esta quinta que a produção por enquantonão será paralisada.

A Mitsubishi Motors, que tem uma fábrica perto de Moscou - em operação com a franco-ítalo-americana Stellantis - avalia que a situação das atividades ainda depende da evolução da oferta e do impacto das sanções contra a Rússia, mas também não descarta suspender sua produção e as vendas no país. Em 2021, a fabricante vendeu 21 mil veículos.

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