MENU

BUSCA

Quem foi o primeiro papa com o nome Leão, considerado 'doutor da Igreja' e 'magno'

O pontífice Leão I foi um importante papa para o catolicismo, considerado "doutor da Igreja" pelo seu alto nível de conhecimento da doutrina cristã e pregação

Estadão Conteúdo

Robert Francis Prevost, cardeal norte-americano recém-eleito papa, escolheu ser nomeado como Leão XIV. A escolha indica a personalidade e os objetivos do novo pontífice. Seu antecessor, o papa Francisco, por exemplo, escolheu homenagear São Francisco de Assis, ligado à simplicidade dos pobres e à paz.

O primeiro pontífice a escolher o nome Leão foi um importante papa para o catolicismo, considerado "doutor da Igreja" pelo seu alto nível de conhecimento da doutrina cristã e pregação. Também é conhecido um promotor da paz em um período de guerra na península italiana.

De origem italiana e eleito em 440, Leão I foi o 45º papa da Igreja Católica e teve um papado memorável ao ponto de ser o primeiro sucessor de Pedro a receber o título de "Magno" (o Grande, em tradução livre) - o outro foi Gregório Magno.

"Sustentador e promotor da Primazia de Roma, o Pontífice Magno deixou para a história quase 100 sermões e cerca de 150 cartas, nos quais demonstra ser teólogo e pastor, zeloso com a comunhão entre as várias Igrejas, sem jamais esquecer as necessidades dos fiéis", diz o Vatican News sobre Leão I.

VEJA MAIS

Antes de ser eleito Papa, Leão XIV tinha viagem marcada para o Brasil, diz CNBB
Informação foi confirmada por Dom Ricardo Hoeros, secretário geral da CNBB, durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (8)

Papa Leão XIV diz ser agostiniano: entenda o que isso significa e como vivem os membros da ordem
Novo pontífice da Igreja Católica destaca sua ligação com a Ordem de Santo Agostinho, marcada por vida comunitária, estudo e serviço

O que significa o nome do papa Leão XIV? Entenda a escolha de Robert Prevost
Cardeal americano foi eleito Papa e escolheu o nome Leão XIV; veja o que significa a escolha histórica

Ele teria incentivado obras de caridade em uma Roma "dominada pela escassez, pobreza, injustiças e superstições pagãs". Além disso, guiou uma delegação de Roma para se encontrar com Átila, líder dos Hunos, e o dissuadiu a continuar a guerra de invasão da península italiana no ano de 452.

"A lenda - retomada depois por Raphael, nos afrescos das Salas do Vaticano - narra que o líder dos hunos se retirou após ter visto aparecer, atrás de Leão, os Apóstolos Pedro e Paulo, armados de espadas", afirma o Vatican News.

Em 455, também deteve os Vândalos da África, guiados pelo rei Genserico, de acabarem completamente com Roma. "Graças à sua intervenção, a cidade foi saqueada, mas não incendiada. Permaneceram intactas as Basílicas de São Pedro, de São Paulo, fora dos Muros, e de São João em Latrão, nas quais a população encontrou abrigo e se salvou."

Foi Leão XIV ainda quem inspirou o Concílio Ecumênico de Calcedônia - atual Kadiköy, na Turquia -, que reconheceu e afirmou a unidade de duas naturezas em Cristo: humana e divina.

"A intervenção de Leão no Concílio foi feita através de um texto doutrinal fundamental: o Tomo de Leão contra Flaviano, bispo de Constantinopla. O documento foi lido publicamente aos 350 padres conciliares, que o acolheram por aclamação, afirmando: Pedro falou pela boca de Leão, que ensinou segundo a piedade e a verdade."

Alguns historiadores indicam que Leão I foi o primeiro papa a ser sepultado na Basílica Vaticana. Suas relíquias são conservadas na Capela de Nossa Senhora do Pilar, na Basílica de São Pedro.

Mundo